Na última sexta-feira (7), um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou em Fortaleza trazendo 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos. Entre os passageiros, estavam oito crianças de até 10 anos, além de uma maioria composta por jovens adultos. A viagem foi marcada por restrições severas, incluindo o uso de algemas e a falta de alimentação por 12 horas.
Perfil dos deportados
Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, a maioria dos repatriados era composta por homens jovens viajando sozinhos. A distribuição etária foi a seguinte:
- 8 crianças com até 10 anos;
- 11 adolescentes e jovens de 11 a 20 anos;
- 38 pessoas entre 21 e 30 anos;
- 33 pessoas de 31 a 40 anos;
- 17 pessoas de 41 a 50 anos;
- 4 pessoas com 51 anos ou mais.
Além disso, 76,5% dos deportados eram homens e 23,5% mulheres. Entre eles, 71 homens e 12 mulheres estavam desacompanhados, enquanto 28 pessoas retornaram ao Brasil em núcleos familiares.
Restrição severa durante o voo
Os passageiros viajaram algemados nas mãos e nos pés, sendo libertados apenas ao chegarem ao Brasil. Além disso, passaram 12 horas sem alimentação até o pouso, quando receberam assistência do governo estadual.
Mudança no local de desembarque
Diferente do último voo em janeiro, que gerou polêmica por deportados desembarcarem algemados em Manaus, desta vez a escolha por Fortaleza buscou minimizar o tempo de restrição. Após o pouso, parte dos deportados seguiu para Confins, em Minas Gerais, onde tradicionalmente os voos fretados com deportados costumavam chegar.
Contexto das deportações
Esse foi o segundo voo com brasileiros deportados desde o início do novo governo de Donald Trump. Durante os últimos dias da administração de Joe Biden, outro voo já havia sido enviado ao Brasil. As deportações em massa refletem a política rigorosa de imigração dos EUA e reacendem debates sobre a situação dos imigrantes brasileiros no país.