Ele comprou o negócio do fundador, Cyro Eckhardt Eloy, que tinha 95 anos na época. Atualmente, a compra está sendo investigada pela Polícia Civil, pois os filhos de Eloy alegam que seu pai, que estava acamado e senil, foi vítima de estelionato.
Douver Braga é natural de Petrópolis e começou sua carreira como empresário vendendo equipamentos de som para carros em sua cidade natal. Ele obteve grande riqueza ao investir em bitcoins. Em 2016, Braga fundou o Trade Coin Club (TCC) em Orlando, na Flórida. O grupo prometia altos lucros aos investidores por meio de transações com criptomoedas. Braga afirmava, em conferências ao redor do mundo, que a empresa havia desenvolvido um robô capaz de realizar “milhões de microtransações” com bitcoins por segundo. Ele garantia aos investidores um retorno mínimo diário de 0,35%.
A propaganda atraiu mais de cem mil investidores que depositaram cerca de 82 mil bitcoins, no valor de $295 milhões (aproximadamente R$ 1,4 bilhão). No entanto, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC), que investigou o caso e entrou com uma ação civil contra Braga no Tribunal de Washington em novembro passado, Braga enganou os investidores e ficou com a maior parte do dinheiro.
A SEC afirmou que pelo menos 8.396 bitcoins, no valor de $55 milhões (cerca de R$ 264,5 milhões) na época, foram transferidos do TCC para contas controladas por Braga em plataformas de criptomoedas. Segundo a investigação, o TCC era um esquema de pirâmide, em que os “lucros” dos investidores vinham apenas dos depósitos feitos por outros investidores recrutados, e não das atividades de negociação do robô, conforme divulgado por Braga. A SEC busca que o brasileiro devolva todo o dinheiro obtido ilegalmente no esquema, além de pagar multas. No entanto, Braga ainda não se apresentou à Justiça americana para responder ao processo.
No caso do golpe do Feirão, em outubro de 2019, já de volta ao Brasil, Braga se aproximou de Cyro Eloy, fundador do Feirão de Caxias, um dos maiores centros comerciais de moda do estado do Rio de Janeiro, composto por mais de 500 lojas. Ele se apresentou como um milionário resident