Netanyahu apoia plano dos EUA para Gaza e gera crise diplomática

Netanyahu apoia plano dos EUA para Gaza e gera crise diplomática

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira (17) seu apoio ao plano do governo Donald Trump para tomar o controle da Faixa de Gaza e deslocar seus moradores palestinos. A medida gerou reações contrárias de governos árabes, que se articulam para apresentar uma resposta alternativa.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, viajou à Arábia Saudita para discutir a proposta, enquanto Riyadh planeja uma cúpula regional para debater soluções alternativas ao plano dos EUA, que foi amplamente criticado.

Plano dos EUA para Gaza e resistência árabe

Em comunicado, Netanyahu afirmou estar “comprometido com o plano do presidente Trump para uma nova Gaza” e garantiu que, após a guerra, nem o Hamas nem a Autoridade Palestina governariam o território.

Os Estados Unidos defendem um acordo histórico no qual a Arábia Saudita reconheceria Israel, mas Riyadh exige o estabelecimento de um Estado Palestino, o que entra em conflito com a proposta americana para Gaza.

Enquanto isso, a trégua entre Israel e Hamas, iniciada em 19 de janeiro, segue frágil, com acusações mútuas de violações. Novas negociações para um acordo de longo prazo devem ocorrer esta semana em Doha, no Catar.

Críticas e impacto internacional

Especialistas alertam que a proposta de Netanyahu pode violar leis internacionais, gerando sanções e isolando Israel diplomaticamente. O Irã já condenou a declaração do primeiro-ministro israelense, classificando-a como uma “violação grave do direito internacional”.

Ao mesmo tempo, manifestações ocorrem em Jerusalém, com famílias de reféns israelenses exigindo o retorno de seus entes queridos. Mais de 70 reféns continuam em Gaza, enquanto 48.271 palestinos já morreram na ofensiva israelense, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Com a crescente tensão na região e a pressão de aliados estratégicos, o futuro de Gaza permanece incerto e explosivo, à medida que líderes mundiais buscam uma solução para o conflito.

Fontes adicionais: RawStory, Aljazeera, The Guardian, The New Arab, O Globo