Durante o verão do Hemisfério Norte, a Líbia foi adicionada à lista de países afetados por catástrofes climáticas. A tempestade Daniel, que evoluiu para a força de um furacão, rompeu duas barragens, causando uma inundação catastrófica que arrastou casas, prédios inteiros e resultou em mais de 11 mil mortes. Além disso, pelo menos 10 mil pessoas estão desaparecidas.
A reportagem destaca que, em apenas 24 horas, a quantidade de chuva que caiu foi a esperada para um ano inteiro. A maior tragédia ocorreu quando duas represas se romperam, liberando 30 milhões de metros cúbicos de água sobre uma cidade costeira, pegando muitos de surpresa enquanto dormiam. Imagens aéreas mostram a extensão da destruição, com um terço da cidade desabrigada e mais de 11 mil mortos, um número que pode aumentar devido aos desaparecidos.
A tempestade Daniel se originou perto da Grécia e causou chuvas recordes no país, bem como na Bulgária e Turquia. Um estudo da ONU indica que a temperatura no Mediterrâneo está aumentando 20% mais rápido do que a média global, alimentando chuvas intensas e elevando o nível do mar. Especialistas apontam que o aquecimento das águas do Mediterrâneo intensificou a tempestade.
A Líbia, um país com histórico de corrupção, guerra civil e dois governos rivais, não investiu adequadamente em infraestrutura ou preparação para os impactos das mudanças climáticas. Após a tragédia, a ONU prometeu 10 milhões de dólares em ajuda e a OMS enviou suprimentos para 250 mil pessoas. No entanto, o país enfrenta o desafio de mudar sua relação com o clima e investir em proteção para evitar futuras catástrofes.