O Brasil assumiu, no domingo (1º), a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) por um mês. O país destacou a importância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais na prevenção, resolução e mediação de conflitos globais, com o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, presidindo uma audiência específica sobre essa temática.
Foco Temático:
Durante sua liderança, o Brasil vai abordar temas como a missão de apoio às forças de segurança do Haiti, manutenção da missão da ONU nas negociações de paz na Colômbia, e possivelmente, questões relacionadas à guerra entre Ucrânia e Rússia. Carlos Márcio Cozendey, secretário de Assuntos Multilaterais e Políticos do Ministério das Relações Exteriores, destacou a necessidade de tratar preventivamente os conflitos, reforçando a diplomacia bilateral, regional e multilateral.
Histórico e Reforma do Conselho:
O Conselho de Segurança da ONU, instituído em 1948, é composto por cinco membros permanentes e dez não permanentes. O Brasil, que atualmente ocupa uma das vagas rotativas, pleiteia um assento permanente, apoiado pelo ex-presidente Lula, que enfatiza a necessidade de reformas para tornar as entidades internacionais mais representativas e eficazes, ressaltando falhas atuais na igualdade soberana entre nações.
Agenda e Debates:
Além da audiência já mencionada, diversos eventos ocorrerão sob a presidência de Mauro Vieira, incluindo debates abertos sobre o Oriente Médio, Mulheres, Paz e Segurança, e um diálogo anual entre o Conselho de Segurança da ONU e o Conselho de Paz e Segurança da União Africana, refletindo a extensiva agenda do Brasil no cenário internacional.