A Capela de Santo Antônio do Pompéu, localizada em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está passando por um processo de restauração que teve início nesta quarta-feira (10). Com quase três séculos de história, o templo é um notável exemplo do barroco mineiro.
Estrutura Histórica e Cultural
A construção, cuja data exata de fundação não é conhecida, segundo a Arquidiocese de Belo Horizonte, já existia em 1731, com registros de batizados realizados na capela a partir desse ano. Erguida quando a cidade ainda era um arraial, a capela é feita de madeira e taipa, com uma planta composta por dois retângulos. O primeiro forma a nave, enquanto o segundo, transversal, abriga a capela-mor e as sacristias laterais. O adro é circundado por um muro de pedra, havendo também um cemitério e uma sineira que abriga o sino da igreja, com suporte de madeira.
Na capela-mor, destaca-se o forro composto por painéis com pinturas retratando os milagres de Santo Antônio. A relevância cultural da igreja é atestada pelo tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Investimentos e Expectativas
As obras de restauração, financiadas pelo Programa Minas para Sempre do Ministério Público, contarão com um investimento total de R$ 850 mil. O projeto prevê a restauração do telhado e dos elementos artísticos, com a expectativa de conclusão da restauração artística em três meses e a do telhado em mais três meses.
O padre Eribaldo Pereira Santos, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, de Sabará, enfatizou a importância do patrimônio histórico para a identidade do estado. “O patrimônio histórico de nosso estado é uma herança que produz uma experiência singular e que gera em nós um senso de pertencimento, com desdobramentos na cidadania mineira”, declarou.
Alterações nos Serviços Religiosos
Durante os seis meses estimados para as obras, as missas serão realizadas no Espaço Comunitário do Pompéu, localizado ao lado da Capela de Santo Antônio do Pompéu, sempre às 19h30.
Este processo de restauração não apenas preserva um marco histórico, mas também reforça o compromisso com a preservação da rica herança cultural e religiosa da região.