Em Portugal, a Aliança Democrática (AD), uma coligação de centro-direita liderada por Luís Montenegro, deve sair vitoriosa nas eleições legislativas deste domingo, de acordo com as projeções da Pitagórica. As estimativas indicam que a AD deve alcançar entre 28% e 33% dos votos. Contudo, é previsto que nenhuma aliança conquiste a maioria absoluta necessária para formar governo de forma independente.
Desempenho dos Partidos:
O Partido Socialista, vitorioso no último pleito em 2022, provavelmente não ultrapassará a marca de 29,5% dos votos, com Pedro Nuno Santos perdendo a maioria absoluta que António Costa havia conquistado há dois anos. O partido de direita Chega, liderado por André Ventura, mostra um crescimento notável, com projeções de votação variando entre 16,6% e 21,6%, quase triplicando sua representatividade parlamentar em comparação aos 7,18% alcançados dois anos atrás.
Comparecimento e Abstenção:
Dados do Ministério da Administração Interna revelam que, até às 16h (horário local), o comparecimento às urnas foi de 51,96%, sinalizando um aumento de 6,3% em relação às eleições legislativas de 2022. A abstenção projetada varia entre 40,5% e 46,5%, possivelmente o índice mais baixo desde 2009.
Contexto Eleitoral:
A eleição deste ano conta com a participação de 18 partidos, três a menos do que em pleitos anteriores. As principais questões discutidas durante a campanha incluem uma grave crise habitacional, baixos salários, deficiências no sistema de saúde e corrupção, problemas considerados endêmicos pelos principais partidos políticos do país. A eleição foi antecipada após a demissão inesperada do primeiro-ministro António Costa, em meio a investigações de corrupção, marcando mais um capítulo no embate entre os dois principais partidos centristas, o Partido Socialista (PS) e o Partido Social-Democrata (PSD), que se alternam no poder desde o fim da ditadura fascista há cinco décadas.