O ex-lateral-direito da Seleção Brasileira, Daniel Alves, pagou uma fiança de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,4 milhões), possibilitando sua liberdade provisória na Espanha. Esta decisão foi noticiada pela agência Reuters, indicando sua liberação na manhã de segunda-feira. A fiança, aprovada na semana anterior, não foi paga inicialmente, levando Alves a passar o fim de semana no presídio Brians 2, em Barcelona. Além da fiança, ele teve que entregar seus passaportes espanhol e brasileiro às autoridades e cumprir outras medidas restritivas.
Enquanto estiver em liberdade provisória, Daniel Alves deve aderir a várias obrigações: manter distância de pelo menos 1 km da vítima, com quem não pode comunicar-se por nove anos e seis meses; permanecer na Espanha; e apresentar-se semanalmente ao tribunal. Essas condições foram estabelecidas para garantir sua permanência no país e evitar qualquer contato com a vítima.
O julgamento, que acusava Daniel Alves de agressão sexual em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022, durou três dias, culminando em sua condenação a quatro anos e seis meses de prisão por estupro. O atleta, que já cumpriu mais de um ano de prisão, teve este tempo descontado da sua pena. Durante o julgamento, foram ouvidas testemunhas, a vítima, peritos e o próprio acusado. Apesar do pedido de suspensão do julgamento pela defesa, os magistrados prosseguiram, assegurando que os direitos do acusado foram respeitados.
Após a decisão de liberar Alves provisoriamente, o Ministério Público espanhol recorreu, buscando uma condenação mais severa de nove anos, baseando-se no risco de fuga do acusado. A Promotoria e a defesa da vítima insistiram na permanência de Alves na prisão durante o processo, destacando a gravidade do crime e o potencial risco à justiça.