Após chuvas torrenciais que provocaram enchentes históricas no sul do Brasil, o país espera uma transição para seca severa em algumas regiões, disse a ministra do Meio Ambiente na quarta-feira.
Eventos Climáticos Extremos no Brasil:
O Brasil tem sido atingido por uma série de eventos climáticos extremos, sendo o mais recente uma enchente centenária no estado do Rio Grande do Sul que deixou 172 mortos.
Causas das Enchentes no Sul:
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que as enchentes foram causadas por uma combinação de fenômenos naturais, como El Niño e mudanças climáticas, uma dupla adversidade vista em outras partes do mundo.
Impacto Climático no Pantanal e Amazônia:
“Temos o mesmo acontecendo no Pantanal, na Amazônia”, disse ela, referindo-se aos extremos climáticos em uma das maiores áreas úmidas tropicais do mundo e na maior floresta tropical do planeta.
Seca na Caatinga e Rio Grande do Sul:
Silva afirmou que a Caatinga nordestina, um bioma semiárido único e biodiverso, já estava “experimentando momentos de seca severa, e no caso do Rio Grande do Sul vamos ter seca severa.”
Previsão de Mais Incêndios:
Falando em um evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Silva alertou sobre mais incêndios após recordes de queimadas nos primeiros meses do ano.
Estudo sobre Mudanças Climáticas:
Um estudo rápido realizado por cientistas globais após as enchentes no Rio Grande do Sul determinou que as mudanças climáticas tornaram o evento duas vezes mais provável, com o El Niño desempenhando um grande papel na catástrofe.
El Niño e La Niña:
El Niño, que altera os padrões de chuva ao redor do mundo, tornando algumas regiões mais suscetíveis a chuvas torrenciais ou seca, está enfraquecendo. Após um breve período neutro, espera-se o retorno da La Niña, que pode levar a condições de seca em partes da América Latina.
Retorno de Marina Silva:
Renomada ativista em sua área, Silva voltou a chefiar o ministério do meio ambiente e supervisionar as políticas de mudanças climáticas do Brasil quando Lula retornou ao poder em janeiro de 2023.
Redução do Desmatamento no Cerrado:
Ela trouxe boas notícias para a região do Cerrado brasileiro, uma vasta savana tropical conhecida por sua rica biodiversidade, onde o desmatamento aumentou 43% em 2023 enquanto caiu pela metade na Amazônia. Silva disse que entre janeiro e maio, o desmatamento reduziu 12,9% no Cerrado, mas “é cedo para dizer que esta é uma inflexão duradoura na curva.”