Na madrugada desta sexta-feira (14), moradores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais receberam um alerta assustador em seus celulares Android: um suposto terremoto de magnitude 4.5 próximo a Ubatuba (SP). O problema? O tremor nunca existiu. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou a abertura de um processo administrativo para apurar o caso, que gerou pânico e confusão.
O que aconteceu?
O alerta, enviado automaticamente pelo sistema de emergência do Google, indicava um tremor no mar a 55 km de Ubatuba. A Defesa Civil de São Paulo e instituições como a USP e a UnB confirmaram que não houve registro de atividade sísmica. O Google desativou o sistema no Brasil após o incidente e pediu desculpas, afirmando que investiga as causas do erro.
Por que a Anatel está envolvida?
A Anatel destacou a importância de preservar a credibilidade dos alertas oficiais. “Qualquer irregularidade será tratada com rigor para evitar novos episódios”, afirmou a agência. O foco é entender como o alarme foi disparado sem passar pela Interface de Divulgação de Alertas Públicos (IDAP), usada pela Defesa Civil.
Como funciona o sistema do Google?
O Android usa acelerômetros dos celulares como “mini sismógrafos”. Se vários dispositivos detectam vibrações, o servidor do Google emite um alerta. No Brasil, o sistema já notificou tremores reais, como um em junho de 2023 na Baixada Santista. Porém, desta vez, falhou.
Dois tipos de alerta:
- Aviso Informativo: Notificação simples, sem interromper configurações.
- Alerta de Ação: Ativa a tela e emite som alto, mesmo no modo “não perturbe”.
Impacto na população
O susto gerou críticas sobre a confiabilidade de tecnologias emergenciais. “A população precisa confiar nos alertas. Vamos apurar a origem desse erro”, afirmou a Major Michele César, da Defesa Civil de SP. Enquanto isso, o Google reforçou que seu sistema não substitui os oficiais e prometeu melhorias.
O que fazer agora?
Usuários podem verificar alertas cruzando informações com canais oficiais, como o site da Defesa Civil ou o IDAP. A Anatel orienta que incidentes similares sejam reportados diretamente à agência.
Este caso expõe os riscos de falhas em sistemas automatizados e reforça a necessidade de transparência em alertas de emergência.
Fontes adicionais: Anatel