O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou nesta terça-feira (18) que sua prioridade política é a anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores invadiram e depredaram prédios públicos em Brasília.
A declaração veio após um almoço com senadores da oposição, incluindo parlamentares do PL, PP, Novo e Republicanos, que discutiram estratégias para viabilizar o avanço do projeto de anistia no Congresso.
“Prioridade pra mim é anistia. Libertar essas pessoas que estão presas”, afirmou Bolsonaro, alegando acreditar que há votos suficientes para aprovar a medida.
Anistia parcial pode ser caminho para aprovação
A oposição estuda uma versão mais branda da anistia para facilitar sua aprovação. Entre as mudanças em análise:
- Perdão para crimes como golpe de Estado e associação criminosa.
- Manutenção de penas apenas para dano ao patrimônio público.
- Possibilidade de regime semiaberto para os condenados.
O STF enquadrou os condenados em crimes graves, com penas variando entre 3 e 17 anos de prisão. A oposição argumenta que a maioria não cometeu crimes que configuram golpe de Estado e que as punições foram desproporcionais.
Expectativa de denúncia da PGR aumenta pressão política
O movimento ocorre no mesmo momento em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar uma nova denúncia contra Bolsonaro, que pode incluí-lo formalmente no caso da suposta tentativa de golpe de Estado.
Caso a denúncia seja aceita, o ex-presidente pode ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), elevando ainda mais a tensão política.
Pressão no Congresso e mobilizações nacionais
A pressão pela anistia acontece um mês antes das manifestações organizadas por aliados de Bolsonaro, marcadas para 16 de março, em várias cidades. O próprio ex-presidente já confirmou sua presença no ato do Rio de Janeiro.
Enquanto isso, no Congresso, a oposição busca apoios em partidos como PP, União Brasil, Republicanos e PSD para viabilizar a votação do projeto. A expectativa é de que a proposta seja levada ao plenário assim que houver votos suficientes.
O debate sobre a anistia deve seguir como um dos temas centrais do cenário político nos próximos meses, em meio a investigações, disputas no Congresso e a mobilização de apoiadores e opositores do ex-presidente.
Fontes adicionais: R7, CNN Brasil, Extra, Correio Braziliense