Migrantes venezuelanos caminham por uma trilha em direção ao Brasil, na cidade fronteiriça de Pacaraima, Brasil

Brasil Busca Recursos para Migrantes Venezuelanos Após Corte de Verba dos EUA

O governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira que está em corrida contra o tempo para garantir recursos ao programa de reassentamento de migrantes venezuelanos, após o congelamento de verbas dos EUA ordenado pelo ex-presidente Donald Trump. A Operação Acolhida, parceria com agências da ONU, assiste cerca de 15 mil venezuelanos que entram mensalmente em Roraima, oferecendo abrigo, trabalho e integração nacional para reduzir migrações à América do Norte.

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), principais financiadores do programa, dependiam fortemente dos recursos americanos. “O corte afetou gravemente a operação. Chegamos a considerar suspender as atividades, mas vamos buscar alternativas”, declarou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, em Brasília.

Ele reforçou: “Ainda não temos recursos ou equipe definidos, mas todos os ministérios envolvidos farão o impossível para receber os venezuelanos com dignidade, como o Brasil sempre faz”, sem revelar o déficit financeiro estimado.

O ACNUR no Brasil admitiu que precisará “reavaliar prioridades” na distribuição de recursos. Já a OIM local afirmou que analisa os impactos do corte, mas mantém diálogo com outros países membros.

A Caritas Brasil, responsável pela distribuição de alimentos financiada pelo Departamento de Estado americano, informou que não recebeu nenhum comunicado de interrupção até o momento. A instituição segue como pilar crítico na assistência humanitária, enquanto o governo busca desesperadamente novas fontes de financiamento para evitar o colapso do programa.

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