O governo brasileiro dará até segunda-feira para que a Meta explique as mudanças em seu programa de checagem de fatos, disse o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, na sexta-feira.
A medida ocorre após a empresa de mídia social encerrar seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos e reduzir restrições em discussões sobre temas como imigração e identidade de gênero.
Não está imediatamente claro o que acontecerá após o prazo expirar.
“Gostaria de expressar a enorme preocupação do governo brasileiro com a política adotada pela empresa Meta, que é como um cata-vento de aeroporto, mudando sua posição o tempo todo de acordo com os ventos”, disse Messias, o principal advogado do governo, a repórteres em Brasília.
“A sociedade brasileira não ficará à mercê desse tipo de política”, acrescentou Messias.
Na quinta-feira, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse que as mudanças eram “extremamente graves” e anunciou que convocou uma reunião para discutir o tema.
A Meta não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Ao anunciar a mudança na terça-feira, o CEO Mark Zuckerberg citou “erros demais e censura excessiva”. Um porta-voz afirmou na terça-feira que, por enquanto, a Meta planejava as mudanças apenas para o mercado dos Estados Unidos.