Em coletiva nesta sexta-feira (21/2), o embaixador Maurício Lyrio, sherpa do BRICS pelo Brasil, revelou as prioridades da presidência brasileira no bloco: saúde, clima, comércio, inteligência artificial (IA) e fortalecimento institucional. O anúncio antecede a Reunião de Sherpas em Brasília (25-26/2), crucial para alinhar ações rumo à Cúpula de Líderes no Rio de Janeiro (6-7/7), com presença confirmada do presidente Lula em 26/2.
O BRICS em Números
- 48,5% da população global | 35,6% do território mundial
- 40% do PIB mundial (paridade de poder de compra)
- US210biemcomeˊrciocomoBrasil(2023),saldodeUS 33 bi
5 Prioridades da Presidência Brasileira
- Saúde Global
Reforçar pesquisas em vacinas e combate a doenças tropicais, com destaque para o Centro de Pesquisa de Tuberculose do BRICS. - Clima e Financiamento
Coordenar pressão por recursos climáticos pós-COP29 e levar posição unificada à COP30 em Belém (2025). “Precisamos de US$ 1,3 trilhão/ano, não migalhas”, destacou Lyrio. - Comércio e Inovação
Reduzir custos com uso de moedas locais e avançar na Parceria para a Nova Revolução Industrial (PartNIR), modernizando bases tecnológicas. - Governança em IA
Criar regras globais sob liderança da ONU para garantir inclusividade e combater desinformação. - Fortalecimento do BRICS
Integrar 6 novos membros (Arábia Saudita, Egito, EAU, Etiópia, Indonésia e Irã) e estruturar presidência rotativa.
Desmistificando a Moeda Comum
Lyrio foi categórico: “Moeda única não está em discussão.” O foco é otimizar transações com moedas locais e sistemas de pagamento existentes, como o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).
Impacto Global
O embaixador ressaltou que o BRICS não só impulsiona economias emergentes, mas também beneficia nações ricas ao gerar 50% do crescimento global. Com a expansão, o bloco reforça seu papel como ator geopolítico indispensável, tendo o Brasil como articulador-chave em 2025.
Engajamento e Próximos Passos
A agenda brasileira mescla urgências climáticas e inovação, posicionando o BRICS como ponte entre Norte e Sul Global. Com 3,5 bilhões de pessoas impactadas, as decisões do bloco em 2025 podem redefinir a governança mundial.
Fonte: Agencia Gov