Grupo de brasileiros deportados pelos Estados Unidos desembarca no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte

Brasileiros nos EUA evitam ICE com alertas e lockdowns

O aumento das operações do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) tem gerado medo entre imigrantes brasileiros em situação irregular. Com o receio de serem detidos e deportados, muitos deixaram de ir ao trabalho e pararam de levar os filhos à escola. Grupos organizados via WhatsApp monitoram a movimentação dos agentes e enviam alertas em tempo real.

Um brasileiro que vive na Flórida e trabalha na construção civil relata a tensão:
“Está muito difícil. Não dá para andar tranquilo, todo mundo tem medo.” Ele teme ser separado de seus filhos caso seja deportado.

Trump intensifica prisões de imigrantes

Desde o início de seu governo, Donald Trump impôs uma política agressiva contra imigrantes ilegais. Em apenas 18 dias, 11 mil pessoas foram presas em diversas cidades, incluindo Chicago, Nova York e Los Angeles.

O ICE justifica as operações como uma forma de prender estrangeiros que representem uma ameaça à segurança nacional, mas muitas detenções envolvem apenas pessoas sem documentação regular. O governo busca aumentar os números e já demitiu altos funcionários do ICE por não atingirem a meta diária de até 1.500 prisões.

Brasileiros entre os alvos

Ainda não há dados sobre quantos brasileiros estão entre os detidos, mas o caso de Vitor de Sousa Lima, condenado por homicídio culposo e preso em Boston, foi divulgado pelas autoridades.

Com cerca de 14 milhões de imigrantes ilegais vivendo nos EUA, o cenário se torna cada vez mais desafiador. Enquanto as operações continuam, brasileiros sem status legal seguem em alerta, buscando formas de se proteger e evitar o pesadelo da deportação.

Fontes adicionais: DW, Brasil 247, G1 Globo