A recente decisão da China de aplicar tarifas de 10% sobre as importações de petróleo bruto dos Estados Unidos está sendo vista como uma janela de oportunidade para o Brasil, segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Roberto Ardenghy. A medida pode impulsionar as exportações brasileiras para o mercado chinês, o maior consumidor de energia do mundo.
No ano passado, o Brasil ocupou a sétima posição entre os maiores fornecedores de petróleo para a China, com uma média de 720.000 barris diários, de acordo com dados da StoneX até setembro. Durante o quarto trimestre, cerca de 30% das exportações de petróleo da Petrobras tiveram como destino o mercado chinês, uma queda em relação aos 44% registrados no mesmo período de 2023.
“Pode acontecer realmente um incremento”, afirmou Ardenghy, durante um evento no Rio de Janeiro. A tarifa chinesa cria uma “assimetria de mercado” que pode beneficiar a Petrobras, permitindo o aumento das vendas “oportunisticamente”, segundo Claudio Schlosser, diretor de Logística Comercialização e Mercados da estatal.
Entretanto, Schlosser destacou que essa mudança não é estrutural e pode ser revertida caso as condições do mercado se alterem.
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