A aprovação, que foi seguida por uma sessão tumultuada refletindo a divisão entre governistas e oposição, permitirá o encaminhamento do relatório à Procuradoria-Geral da República, Polícia Federal e Supremo Tribunal Federal para futuras investigações.
Eliziane destacou a colaboração de diversos órgãos na construção do relatório, enfatizando a robustez do mesmo. A divergência principal entre os parlamentares se dava em torno dos responsáveis pelos ataques e alegadas omissões governamentais. Governistas elogiaram o relatório como uma defesa histórica da democracia, enquanto opositores o criticaram por desvio do foco da CPMI e por não abordar supostas omissões de autoridades federais.
Os debates também se estenderam ao indiciamento de militares do governo Bolsonaro, com senadores como Sérgio Moro e Marcos Rogério questionando a falta de evidências concretas contra os militares. Por outro lado, o relatório foi visto por alguns parlamentares como um passo importante para punir os envolvidos nos ataques, reforçando a necessidade de uma resposta judicial.
A senadora Eliziane Gama defendeu a precisão e a fundamentação do relatório contra as críticas, enfatizando que todos os indiciamentos foram baseados em evidências sólidas. Houve também discussões acaloradas sobre a condução da CPMI e o tratamento dado a Eliziane, com parlamentares apontando misoginia e comportamento sexista.
Críticas também foram direcionadas ao STF por sua intervenção nos trabalhos da CPMI, conforme expresso pela senadora Soraya Thronicke, que viu a ação como prejudicial para a continuidade das investigações. A aprovação do relatório e as reações divergentes dos parlamentares evidenciam as tensões políticas em torno dos eventos do 8 de janeiro e seus desdobramentos legais e políticos.
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