João Aguiar, presidente da Junta de Freguesia do Bonfim, expressou sua firme condenação aos “atos de justiça popular” contra migrantes ocorridos na madrugada de sexta-feira no Porto. Ele enfatizou a importância de uma resposta rápida das autoridades policiais às agressões e destacou que tais atos não têm justificativa.
Escalada de Tensões e Resposta da Comunidade
Aguiar relatou que os desacatos e assaltos na área começaram no final do ano passado e intensificaram-se desde o início deste ano. Em resposta, a junta organizou reuniões com comerciantes e moradores e solicitou à Polícia de Segurança Pública (PSP) que aumentasse sua presença na região, especialmente no Campo 24 de Agosto.
Apoio Policial e Necessidade de Reforço
Apesar do aumento inicial na vigilância policial, os comerciantes relataram que os problemas persistem quando a polícia se ausenta. Aguiar elogiou o trabalho rápido da polícia até agora, mas reconheceu que é necessário um reforço adicional para lidar com a escalada de violência.
Diversidade Cultural do Bonfim e Incidentes de Violência
O autarca destacou a diversidade cultural do Bonfim, mencionando estabelecimentos de várias nacionalidades que coexistem na região e também têm relatado problemas de segurança. Na madrugada em questão, três ataques direcionados a imigrantes resultaram em hospitalizações, e a Polícia Judiciária iniciou uma investigação sobre possível crime de ódio.
Medidas Futuras e Comentários da Câmara do Porto
Aguiar planeja enviar assistentes sociais para visitar os migrantes afetados e acompanhar a situação. Uma reunião com comerciantes, moradores e a PSP está agendada para discutir medidas adicionais de segurança. A Câmara do Porto, por sua vez, enfatizou que, embora a segurança pública não seja de sua competência direta, a Polícia Municipal continuará a patrulhar as áreas críticas da cidade em colaboração com a PSP.