Luciano Hang, empresário, e a empresa Havan foram condenados a pagar uma multa de R$ 85 milhões por coagir funcionários a votar no ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2018. A decisão foi proferida pela 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, após ação movida pelo Ministério Público do Trabalho.
Acusações e Evidências:
Hang foi acusado de ameaçar demitir funcionários caso Fernando Haddad vencesse as eleições. Um vídeo de outubro de 2018 mostra Hang questionando os colaboradores sobre sua preparação para deixar a empresa caso Bolsonaro não fosse eleito.
Decisão Judicial e Fundamentos:
O juiz Carlos Alberto Pereira de Castro, autor da decisão, enfatiza que não é permitido ao empregador promover atos políticos no ambiente de trabalho. A sentença inclui indenização por dano moral coletivo de R$1 milhão e R$1 mil por dano moral individual para cada empregado da Havan com vínculo até 1 de outubro de 2018.
Defesa do Empresário:
A defesa de Hang contestou as acusações, alegando que o réu já se manifestava politicamente desde 2017 e que o uniforme citado nos autos, uma camiseta verde e amarela, foi confeccionado para a Copa do Mundo, sem relação com candidatos políticos.
Posicionamento de Luciano Hang:
Em resposta à decisão, Hang classificou-a como “absurda, descabida e ideológica”, alegando que respeitou a liberdade dos colaboradores e que o voto é secreto. Ele afirmou que recorrerá da decisão e defendeu que não cometeu irregularidades.