O governo Lula 3 enfrenta uma crise de confiança e pressão crescente de aliados pragmáticos, que cobram mudanças no comando para recuperar a conexão com a população. A avaliação interna é de que a gestão está travada em um modelo ultrapassado, sem um projeto claro de futuro e distante das preocupações reais dos brasileiros.
Mudanças ou estagnação?
Dentro do governo, a metáfora que circula é a de um time de futebol que precisa mudar de estratégia no intervalo para virar o jogo. Mas os aliados questionam: de que adianta voltar para o segundo tempo sem trocar jogadores ou modificar a tática?
O principal ponto de discórdia está na composição ministerial. Há uma forte defesa para que a Casa Civil seja ocupada por um nome fora do PT – como Simone Tebet ou Renan Filho –, o que marcaria um reposicionamento ao centro. Entretanto, o presidente parece agir em outro ritmo, deixando decisões cruciais para depois.
A oposição avança
Enquanto Lula 3 hesita, a oposição ganha força. Parlamentares de direita perceberam que, em vez de ataques ideológicos, o foco em problemas econômicos e cotidianos gera maior engajamento. Figuras como Nikolas Ferreira têm explorado, em vídeos virais, os impactos da inflação e o alto custo de vida, atingindo milhões de pessoas nas redes sociais.
A estratégia é clara: expor um governo visto como desconectado da realidade, mais preocupado com viagens e discursos do que com soluções concretas. O Planalto, por sua vez, ainda não encontrou uma resposta eficaz para reverter essa narrativa.
O desafio da mensagem
Mais do que um problema de comunicação, o governo enfrenta uma crise de mensagem. Políticas sociais implementadas nos governos anteriores já se tornaram políticas de Estado, e a população quer mais. Sem novidades ou novas promessas concretas, o desgaste se acelera.
A dúvida que paira no ar é: Lula conseguirá retomar a liderança do jogo ou continuará marcando gols contra?