Neste Carnaval, enquanto o Brasil dança, uma estrela brilha além do sambódromo: Fernanda Torres, indicada ao Oscar de Melhor Atriz por “Eu Ainda Estou Aqui”. A cerimônia, que coincide com o auge da folia, virou tema de fantasias, telões e até rituais indígenas — prova de como o país anseia por reconhecimento global.
Um Filme que Conecta Gerações e Cura Feridas
Dirigido por Walter Salles, o drama histórico retrata a luta de Eunice Paiva (Torres) pela verdade sobre o marido, desaparecido na ditadura militar. A obra, já vista por 5 milhões de brasileiros, resgata traumas nacionais e rendeu à atriz o Globo de Ouro em janeiro. Nas ruas, máscaras com seu rosto e camisetas com o slogan “A vida vale a pena!” dominam a folia.
A Sombra (e a Luz) de uma Lenda
Filha de Fernanda Montenegro — indicada ao Oscar em 1999 por “Central do Brasil” —, Torres carrega o peso e a glória de seguir os passos da “Meryl Streep brasileira”. Se vencer, trará “justiça poética” após a derrota da mãe, como diz o jornalista Pedro Bial. Montenegro, que participa do filme, resume: “Ela já venceu antes, durante e depois”.
Carnaval da Esperança
- TV Globo troca desfiles pela transmissão do Oscar após 5 anos.
- Lula postou: “Todo o Brasil torce por Fernanda!”
- No Amazonas, indígenas fizeram rituais por sua vitória.
Para além do prêmio, Torres simboliza o desejo de um país fragmentado se unir em torno da cultura. “Mostramos que nossa arte é excepcional”, diz a escritora Milly Lacombe. E a própria atriz reflete: “Quando alguém leva algo nosso para fora, é como dizer: ‘Olhem nossa riqueza!'”
Será que Dessa Vez?
Se vencer, Torres será a primeira brasileira a levar o Oscar de atuação. Nas ruas de Olinda, Clara Novais, influenciadora de 33 anos, estará fantasiada de estatueta: “Ela une humor, política e história — igual ao Carnaval”.
Fontes: CNN Brasil, AP, ABC News, Yahoo