Flórida preparada para grande impacto:
Enquanto ouvimos Deanne Criswell da FEMA, o governador da Flórida, Ron DeSantis, fez seu último briefing antes do Furacão Milton chegar ao continente na noite de quarta-feira.
Ele afirma que o estado está “se preparando para um grande impacto”, mas permanece confiante de que “vamos superar isso”.
DeSantis diz que 51 condados permanecem em estado de emergência, mas as autoridades estão “preparadas e vamos responder”.
Ele acrescenta que “ainda há esperança” de que Milton possa enfraquecer ainda mais antes de atingir a Flórida, após ter sido rebaixado para categoria quatro pelo Centro Nacional de Furacões.
Flórida já sente os efeitos da tempestade:
Criswell informa que os oficiais “já estão vendo os impactos da tempestade”.
Algumas pessoas ainda podem conseguir evacuar com segurança, diz ela, mas aqueles que permanecerem devem seguir as orientações das autoridades locais.
Criswell continua dizendo que tem estado em contato com o governador da Flórida, Ron DeSantis. A FEMA também está atualizando o presidente dos EUA, Joe Biden, e a vice-presidente Kamala Harris sobre a situação.
Ela menciona que há 1.200 membros adicionais de busca e resgate no local, acrescentando que milhões de refeições e suprimentos de água foram enviados para a Flórida.
Criswell pede às pessoas no caminho do furacão que “se preparem para impactos catastróficos”.
Furacão Milton será catastrófico, alerta agência de emergência:
Estamos ouvindo Deanne Criswell, da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA), que está dando uma atualização sobre o Furacão Milton em uma coletiva de imprensa.
Criswell afirma que o furacão trará uma tempestade “mortal e catastrófica”.
Ela diz que viajará de volta para a Flórida hoje e permanecerá lá para avaliar o impacto e coordenar os recursos federais que estão sendo enviados para a área.
A segurança é a prioridade máxima, acrescenta.
Última coletiva antes da chegada do furacão:
Em breve, ouviremos o governador da Flórida, Ron DeSantis, que fará um de seus últimos pronunciamentos antes do Furacão Milton chegar ao continente.
Também ouviremos da Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA), que discutirá suas ações para se preparar para o Furacão Milton.
A administradora da FEMA, Deanne Criswell, conduzirá essa coletiva virtual.
Você poderá acompanhar ao vivo a partir das 15h (horário de Brasília).
Também traremos todas as principais atualizações das coletivas aqui nesta página. Fique conosco.
O que é uma maré de tempestade?
Uma maré de tempestade é uma elevação anormal do nível do mar causada por uma tempestade.
Ciclones tropicais, como furacões, não trazem apenas ventos fortes e chuvas intensas. Muitas vezes, é a maré de tempestade que produz os maiores danos e ameaça à vida através de extensas inundações costeiras.
Ciclones tropicais se formam no mar, alimentados por águas quentes. Ventos fortes se desenvolvem à medida que o ar começa a circular. A água é empurrada na direção em que os ventos sopram, fazendo com que os níveis de água subam.
Isso não é particularmente perceptível em alto mar, mas à medida que o fundo do oceano se torna mais raso perto da terra, a parede de água precisa subir e é impulsionada em direção à costa por ventos fortes.
As marés de tempestade são piores na maré alta e outros fatores contribuem para o nível da água também, como a direção de aproximação, tamanho e velocidade da tempestade, pressão central e topografia da costa.
Para o Furacão Milton, à medida que se aproxima da terra pelo oeste, será o lado sul do olho onde ocorrerá a maior maré de tempestade.
Quando o Furacão Milton atingirá a Flórida?
O Centro Nacional de Furacões (NHC) espera que Milton chegue ao continente como um “furacão extremamente perigoso” na noite de quarta-feira ou início da manhã de quinta-feira, horário local.
Ele pode atingir a Flórida por volta das 2h EDT (7h BST) na quinta-feira, de acordo com um meteorologista da CBS News, parceira da BBC nos EUA.
Milton pode atingir próximo à cidade de Tampa, cuja área metropolitana possui mais de três milhões de pessoas.
Os meteorologistas estão alertando sobre chuvas torrenciais, inundações repentinas, ventos fortes e possíveis marés de tempestade—que ocorrem quando a água se move do litoral para o interior.
Eles dizem que Milton pode ser a pior tempestade a atingir a área em cerca de um século—com uma maré de 3 a 4,5 metros possível, e chuvas localizadas de até 45 centímetros.
“Ninguém precisa morrer nesta tempestade”, diz agência:
O Furacão Milton será como nada que a Flórida já viu antes, diz a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA), enquanto insta as pessoas a evacuarem.
“Ninguém precisa morrer nesta tempestade”, disse a administradora da FEMA, Deanne Criswell, à CBS News, parceira da BBC nos EUA.
Ela enfatiza que, embora a tempestade traga ventos e inundações catastróficos, as pessoas “ainda podem ter tempo para sair”.
A tempestade “será como nada que eles já viram antes”, acrescenta.
Furacão Milton é rebaixado para categoria quatro:
O Furacão Milton foi rebaixado para categoria quatro, informa o Centro Nacional de Furacões (NHC), alertando que a tempestade ainda será “extremamente perigosa” quando atingir a Flórida.
O NHC diz que o furacão tem ventos de 250 km/h—apenas 5 km/h abaixo do limite para categoria cinco.
“De acordo com a trajetória prevista, o centro de Milton se moverá pelo leste do Golfo do México hoje, fará landfall ao longo da costa centro-oeste da Flórida no final da noite de hoje ou início da manhã de quinta-feira, e se moverá para fora da costa leste da Flórida sobre o Atlântico ocidental na tarde de quinta-feira”, acrescenta.
“É um verdadeiro esforço comunitário”, dizem moradores:
Enquanto as autoridades da Flórida têm instado aqueles que vivem em zonas de evacuação ou costeiras a saírem, alguns residentes em partes mais centrais do estado estão optando por se abrigar até que o Furacão Milton passe.
Leonard Nugent, residente de Champions Gate e originalmente da Irlanda, mudou-se para a cidade central da Flórida há cinco anos, ciente dos riscos que grandes tempestades representariam.
Mas ele diz que os furacões tendem a enfraquecer uma vez que chegam ao continente e está confiante de que as casas em sua comunidade fechada “foram construídas para suportar furacões”.
No entanto, Nugent admite que se sente “apreensivo” com a chegada da tempestade.
“Retiramos todos os móveis externos para dentro. Nossos vizinhos fizeram o mesmo com qualquer coisa solta que pudesse voar”, disse ele à BBC.
“Muitos vizinhos têm andado por aí procurando por qualquer coisa solta, ajudando uns aos outros e informando uns aos outros. É um verdadeiro esforço comunitário.”
“Hora de sair é agora”, alerta xerife:
As autoridades estão alertando as pessoas na costa oeste da Flórida que o momento “para sair é agora”, enquanto o Furacão Milton se aproxima do estado.
Chad Chronister, xerife do condado de Hillsborough, que inclui Tampa, disse à CNN: “Esta é a 11ª hora. Se você está em uma zona de evacuação, o momento para sair é agora”.
“Já vimos algumas inundações aqui no início desta manhã”, diz Chronister, acrescentando que a situação “só vai piorar”.
O estado ainda está “se recuperando” do Furacão Helene, que atingiu há duas semanas e causou danos substanciais, ele diz.
Previsão de recorde de maré de tempestade na Flórida:
Como temos reportado, o Furacão Milton deve chegar ao continente na noite de quarta-feira perto de Tampa Bay, Flórida.
Além de ventos com força de furacão e chuvas intensas, haverá uma maré de tempestade significativa—uma elevação anormal do nível do mar causada por uma tempestade.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA está alertando que o Furacão Milton pode trazer uma maré de tempestade recorde de 3 a 5 metros ao redor da área de Tampa Bay e ao sul até Boca Grande.
Isso ocorre apenas duas semanas após o Furacão Helene trazer uma maré de tempestade recorde de 2,4 metros para Tampa Bay, causando danos extensos.
Helene—o furacão mais mortal nos EUA desde Katrina em 2005—matou pelo menos 225 pessoas e causou bilhões de dólares em danos.
Nas horas que antecedem a chegada de Milton, os meteorologistas estarão monitorando a trajetória exata, pois diferenças de 30 a 50 km para o norte ou sul determinarão onde a maré de tempestade mais extrema provavelmente ocorrerá.
