Com a popularização da Inteligência Artificial (IA), tornou-se mais fácil e acessível criar conteúdos falsos que se assemelham ao real. Especialistas e autoridades alertam para a necessidade de regular o uso dessa tecnologia, especialmente em períodos eleitorais.
Deepfakes nas Eleições: Uma Ameaça Real:
As ‘deepfakes’ representam uma séria ameaça nas eleições, podendo ser usadas para desinformar eleitores ao atribuir falsamente afirmações a candidatos. O que antes exigia conhecimento técnico avançado, agora está ao alcance de muitos.
O Desafio de Diferenciar Verdade de Falsidade:
Segundo Leonardo Nascimento, do Laboratório de Humanidades Digitais da Universidade Federal da Bahia, diferenciar o real do falso está cada vez mais complicado. A IA já foi utilizada massivamente nas eleições presidenciais argentinas deste ano, principalmente em memes e peças publicitárias.
Exemplos Internacionais e a Situação no Brasil:
Nos Estados Unidos, a disseminação de vídeos falsos envolvendo figuras políticas é uma realidade preocupante. No Brasil, Pablo Ortellado aponta que, apesar da polarização política, as ‘deepfakes’ podem não ter um impacto tão significativo nas eleições.
Movimentos das Autoridades Brasileiras:
No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral discute a regulação do uso da IA, e o presidente da Corte, Alexandre de Moraes, defende medidas severas contra a disseminação de desinformação. No Congresso, projetos visam estabelecer diretrizes para o uso da tecnologia.
O Desafio das Campanhas ‘Paralelas’:
As ‘deepfakes’ podem surgir em campanhas não oficiais, especialmente em aplicativos de mensagens como o WhatsApp. Leandro Nascimento enfatiza a importância de a população aprender a desconfiar dos conteúdos, independentemente de sua aparência realista.