No centro de Joanesburgo, um incêndio devastou um edifício de cinco andares que havia sido transformado em habitação informal. A tragédia resultou na morte de pelo menos 74 pessoas, incluindo 12 crianças, com dezenas de feridos adicionais. O incêndio, que teve início por volta da 1:30 da manhã, foi eventualmente extinto pelas equipes de resgate.
Testemunhos dos Sobreviventes:
Wiseman Mpepa, um sobrevivente, relata o pânico ao acordar com os gritos e encontrar a saída bloqueada pelas chamas. Outras testemunhas, incluindo Omar Foart de Malawi, descrevem cenas dolorosas de perda e sacrifício. Kenny Bupe destacou problemas com as rotas de fuga, com muitos perecendo devido à inalação de fumaça.
Condições do Edifício:
Conhecidos como “edifícios sequestrados”, muitos edifícios no centro de Joanesburgo foram abandonados por proprietários e assumidos por gangues ou outros grupos. Esses edifícios frequentemente não cumprem os regulamentos básicos de segurança. O edifício incendiado foi descrito pelas autoridades como semelhante a um assentamento informal, com apartamentos destinados a duas ou três pessoas sendo divididos para acomodar várias.
Contexto Histórico e Político:
Os edifícios sequestrados têm sido motivo de preocupação na África do Sul, com críticas à incapacidade das autoridades de lidar com o problema. Outros incêndios devastadores ocorreram em assentamentos informais em todo o país. O edifício em questão, pertencente à Cidade de Joanesburgo, já foi usado como tribunal durante a era do apartheid e tinha sido arrendado como abrigo para mulheres vítimas de abuso.
Reação Oficial e Política:
O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa descreveu o incidente como uma “tragédia”. Por outro lado, o ex-prefeito de Joanesburgo, Herman Mashaba, expressou sua angústia sobre o incidente, criticando a conduta do governo nacional em relação a edifícios sequestrados e atividades ilegais associadas.