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Inflação diverge no Brasil e México e aponta políticas opostas

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Inflação diverge no Brasil e México e aponta políticas opostas

Inflação no Brasil acelera e leva a aperto monetário, enquanto no México desacelera permitindo redução de juros; políticas divergem nos dois países.

Relatórios de inflação indicam cenários opostos:

Os números da inflação divulgados na quarta-feira pintaram cenários opostos para as duas maiores economias da América Latina, indicando que o Brasil continuará apertando sua política monetária para combater os preços em alta, enquanto o México reduz sua taxa de juros.

Divergência nas tendências de preços:

As taxas anuais de inflação nos dois países não diferiram tanto entre si, mas suas tendências de preços divergiram e devem manter as políticas monetárias dos países emergentes seguindo em direções diferentes.

Inflação acelera no Brasil:

No Brasil, a inflação anual acelerou em setembro para 4,42%, em linha com as expectativas do mercado, mas acima dos 4,24% reportados no mês anterior, aproximando-se do limite superior da meta do banco central.

Possível aumento de juros no Brasil:

Os formuladores de políticas no país prometeram trazer a inflação de volta à meta de 3%, que tem uma margem de tolerância de mais ou menos 1,5 ponto percentual, significando que provavelmente aumentarão as taxas de juros novamente em sua próxima reunião em novembro.

Copom inicia ciclo de aperto:

O Comitê de Política Monetária (Copom) já havia votado unanimemente para iniciar um ciclo de aperto no mês passado, elevando os custos de empréstimo em 25 pontos-base para 10,75% em meio a pressões inflacionárias e forte atividade econômica.

Comentários de economistas sobre o Brasil:

“Os números da inflação de setembro apenas aumentarão o tom hawkish no banco central, já que o Copom busca reforçar sua credibilidade em meio a preocupações sobre a politização da política monetária”, disse Jason Tuvey, economista da Capital Economics.

Inflação desacelera no México:

Enquanto isso, no México, a inflação anual desacelerou para 4,58% em setembro, ante 4,99% no mês anterior, ainda bem acima da meta de 3%, mas mantendo uma tendência de queda que permitiu ao Banco do México (Banxico) reduzir os custos de empréstimo.

Reduções de juros no México:

Os formuladores de políticas na segunda maior economia da América Latina realizaram cortes de taxa três vezes este ano, incluindo uma redução de 25 pontos-base no mês passado que levou a taxa de referência para 10,50%.

Opiniões de economistas sobre o México:

“Este é um bom relatório de inflação e apoia a necessidade de mais afrouxamento da política monetária”, disse Andres Abadia, da Pantheon Macroeconomics. “As pressões inflacionárias subjacentes continuam a diminuir, e esperamos um declínio contínuo da inflação durante o quarto trimestre.”

Políticas monetárias divergentes:

Pesquisas com economistas privados em cada país destacam como as políticas monetárias do Brasil e do México divergem no momento. No Brasil, elas mostram que as taxas de juros provavelmente terminarão este ano em 11,75%, implicando aumentos de 50 pontos-base em cada uma das duas reuniões restantes do banco central em 2024. No México, indicam dois cortes de 25 pontos-base para 10% até o final do ano.

Expectativas futuras:

A governadora do Banxico, Victoria Rodriguez, reconheceu que o conselho do banco pode até considerar cortes maiores no futuro, à medida que a inflação esfria. No entanto, a política de afrouxamento causou uma divisão no conselho, com alguns governadores pedindo para manter as taxas até que uma tendência de queda mais clara seja vista em seus indicadores de preços.

Projeções até 2025:

Até o final de 2025, as pesquisas sugerem que a taxa do Brasil seria reduzida um pouco para 10,75%, enquanto no México poderia cair para 8%.

Crescimento econômico comparado:

A economia do Brasil surpreendeu positivamente e deve crescer cerca de 3% este ano, enquanto o crescimento do Produto Interno Bruto do México é visto em metade disso pelos analistas, também um fator que os formuladores de políticas levam em consideração.

Conclusão dos analistas:

“Esperamos novos aumentos da Selic para 12% no início de 2025”, disse Tuvey, da Capital Economics, sobre o Brasil, acrescentando que, no México, o relatório de inflação “apoia nossa visão de que o Banxico cortará as taxas em 25 pontos-base em cada uma das reuniões restantes deste ano.”

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