Decisão de Soltura e Condições:
A Justiça Federal determinou a soltura do fazendeiro preso na última quinta-feira (3) em Santarém, no Pará, por ameaças contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Arilson Strapasson irá responder em liberdade pelo crime de ameaça e está impedido de se aproximar do distrito de Alter do Chão (PA) por 10 dias. A decisão foi proferida no final da tarde de sexta-feira (4).
Detalhes da Liberação:
De acordo com o advogado Fábio Dutra, devido ao horário da elaboração do documento, a soltura de seu cliente ficou prevista para a manhã deste sábado (5). Inicialmente, havia sido imposta uma fiança equivalente a 100 salários mínimos para sua liberação.
Circunstâncias da Prisão e Acusação:
Arilson Strapasson foi preso pela Polícia Federal (PF), na quinta-feira (3), após ameaçar dar um tiro no presidente da República. Segundo a investigação policial, as ameaças foram feitas na quarta-feira (2) em uma distribuidora de bebidas. A juíza Mônica Guimarães manteve apenas a acusação por ameaça.
Histórico de Multas Ambientais:
O bolsonarista Arilson Strapasson, preso por ameaçar Lula, acumula mais de R$ 600 mil em multas ambientais. Envolvido em garimpo na região e financiador dos acampamentos golpistas, Strapasson acumula crimes contra o meio ambiente. O pecuarista já recebeu duas multas altíssimas por desmatamento na Amazônia.
Confissões e Atividades Criminosas:
Arilson também confessou à Polícia Federal já ter trabalhado como garimpeiro na Amazônia. O fazendeiro também confirmou ter invadido o Congresso durante a tentativa de golpe de estado no 8 de janeiro, e confirmou ter doado dinheiro para os acampamentos golpistas em Santarém. Segundo seu depoimento, ele deu pelo menos R$ 60 mil para os manifestantes.
Detalhes da Ameaça e Investigação:
De acordo com a Polícia Federal, Arilson havia questionado em uma loja de bebidas se alguém conhecia o paradeiro do presidente Lula. “O homem teria dito que daria um tiro na barriga do presidente e perguntado aos presentes se sabiam onde ele se hospedaria quando fosse ao município”, disse a Polícia Federal, em nota. “O inquérito foi instaurado após uma das testemunhas realizar uma denúncia logo após o ocorrido”.