Yahya Sinwar, líder do grupo extremista islâmico Hamas, quebrou o silêncio em sua primeira declaração pública desde o ataque a Israel em 7 de outubro, marcando o início da guerra. Em suas palavras, publicadas pelo jornal The Times of Israel, Sinwar descreveu a luta atual como uma “batalha feroz, violenta e sem precedentes”, enfatizando a determinação do Hamas em não se render às “condições da ocupação” impostas por Israel.
A Resistência do Hamas e a Resposta de Israel:
Sinwar alegou que as Brigadas al-Qassam, braço militar do Hamas, causaram a morte de mais de mil soldados israelenses, um número significativamente maior do que os 156 relatados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) na operação terrestre em Gaza. O Hamas também criticou uma recente resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre Gaza, considerando-a insuficiente para resolver a crise na região. Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu prometeu intensificar as operações militares até alcançar a vitória sobre o Hamas.
Perfil de Yahya Sinwar:
Sinwar é uma figura proeminente no Hamas, tendo construído o braço militar do grupo antes de se tornar um líder civil e político influente, estabelecendo laços com potências árabes regionais. Eleito para o Politburo do Hamas em 2017, Sinwar foi designado como terrorista global pelos Estados Unidos desde 2015 e recentemente sancionado pelo Reino Unido e pela França.
Acusações e Histórico de Sinwar:
Israel acusa Sinwar de orquestrar o ataque de 7 de outubro, o mais mortal na história do país, com 1200 israelenses mortos. Michael Koubi, ex-oficial do Shin Bet, lembra Sinwar como um detento “duro”, mas não um psicopata. Sinwar foi condenado a quatro prisões perpétuas em 1989 por assassinatos e planejamento de homicídios, mas foi libertado em 2011 em troca do soldado israelense Gilad Shalit.
A Busca por Sinwar e o Futuro do Hamas:
Apesar de sua localização exata ser desconhecida, acredita-se que Sinwar esteja escondido na rede de túneis do Hamas em Gaza. Especialistas concordam que sua morte não significaria o fim do Hamas, uma organização com capacidade comprovada de substituir líderes perdidos. Enquanto Israel busca uma vitória simbólica ao capturar Sinwar, o Hamas se prepara para o que pode vir a seguir.