Lula discute medidas para enfrentar alta dos preços dos alimentos
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Lula Rejeita Anistia: “Golpistas Não Merecem Absolvição”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (5) que “quem tentou dar um golpe de Estado no Brasil não merece absolvição”. Em entrevista a rádios de Minas Gerais, o presidente criticou diretamente Jair Bolsonaro e os pedidos de anistia feitos antes mesmo do término dos processos judiciais.

“As pessoas são muito interessantes. Nem terminou o processo e já querem anistia. Ou seja, não acreditam que são inocentes?”, questionou Lula, defendendo que todos os acusados devem passar pelo devido processo legal. Para ele, pedir anistia antes de uma decisão judicial é um sinal de autoincriminação. “Primeiro espera o julgamento, se defendam. Vai ter condenação ou não, vão ter o direito de defesa.”

O presidente ainda aproveitou para alfinetar o ex-mandatário: “Haverá o direito de defesa que nunca houve para mim. Para ele [Bolsonaro] vai ter.” Lula afirmou que, caso a Justiça permita, Bolsonaro poderá concorrer nas próximas eleições, mas deixou claro seu otimismo: “E se for comigo vai perder outra vez. Não há possibilidade de a mentira ganhar uma eleição nesse país.”

Tentativa de Golpe e Indiciamentos

O contexto dessas declarações está ligado aos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas e depredadas, em um episódio amplamente interpretado como um ataque à democracia. Em novembro de 2023, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro por envolvimento na tentativa de golpe após as eleições de 2022. Outros 36 indivíduos também foram indiciados, incluindo os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Desde então, parlamentares da oposição têm defendido projetos de anistia para os envolvidos. No entanto, o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a decisão de pautar ou não esses projetos será tomada em conjunto com o colégio de líderes da Câmara. “Vamos tratar com muita cautela, para que não seja mais um fator de tensão entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.”

Fontes Adicionais: R7