Na última sexta-feira (7), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) promoveu uma live especial sobre o papel das mulheres na economia popular e solidária, destacando avanços, desafios e a necessidade do apoio estatal para fortalecer a autonomia econômica feminina. O evento celebrou o Dia Internacional da Mulher e contou com líderes e trabalhadoras do setor, reforçando a importância da presença feminina nos coletivos e espaços públicos.
Gilberto Carvalho, secretário Nacional de Economia Popular e Solidária, revelou um dado impactante: 70% da força de trabalho da economia solidária mundial é composta por mulheres. Para Carvalho, o apoio do Estado e de parceiros institucionais é essencial para ampliar essa participação e proporcionar condições reais de autonomia econômica às mulheres.
A secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane Silva, enfatizou que as mulheres ainda predominam em áreas menos valorizadas ou trabalhos flexíveis, justamente por terem que conciliar a vida profissional com responsabilidades familiares. Ela ressaltou a importância de políticas públicas que distribuam mais igualmente essas responsabilidades e valorizem efetivamente o trabalho feminino.
“As mulheres precisam participar plenamente da vida econômica e política. Estamos avançando, mas é necessário muito mais esforço e políticas públicas consistentes para alcançar essa igualdade”, destacou Rosane.
Durante a live, Ana Paula de Abreu Lourenço, motorista de aplicativo, compartilhou sua trajetória até ingressar na Liga Coop, uma cooperativa de mobilidade urbana. Antes disso, enfrentava desafios para equilibrar trabalho e família, além da falta de respeito e valorização. Com a cooperativa, passou a desfrutar de uma condição de trabalho justa, equilibrada e valorizada.
“Na cooperativa, encontrei respeito e uma estrutura que realmente coloca as pessoas em primeiro lugar. Foi onde pude me reconhecer como profissional e mulher, sentindo-me valorizada e parte de algo maior”, afirmou Ana Paula.
Patrícia Ferreira (Rede Economia Solidária Feminista – RESF), Leonora Moll (Banco Bem) e Islândia Bezerra Costa (Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA) também compartilharam experiências positivas, reforçando o potencial transformador da economia solidária para a vida das mulheres.
Ao final, o evento reforçou que iniciativas como essas têm grande potencial para promover mudanças profundas, melhorando a qualidade de vida e garantindo reconhecimento justo ao trabalho feminino.
Fonte: Agência Gov