O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dissolveu o gabinete de guerra após a saída do ex-general centrista Benny Gantz e a pressão da ala de extrema direita da coalizão governamental. A decisão foi divulgada por agências de notícias nesta segunda-feira (17).
Após a saída de Gantz, anunciada no dia 9, espera-se que Netanyahu mantenha consultas sobre a guerra de Gaza com um grupo restrito de ministros, incluindo o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer.
Netanyahu enfrenta exigências dos aliados nacionalistas-religiosos, como o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, para inclusão no gabinete de guerra, o que poderia aumentar as tensões com parceiros internacionais.
No domingo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram uma pausa nos bombardeios a Gaza para permitir a entrada de ajuda humanitária. A medida, exigida por aliados internacionais como os EUA, irritou os ministros radicais do governo.
A guerra entre Israel e Hamas começou em outubro de 2023, em resposta aos ataques terroristas de 7 de outubro pelo grupo palestino, que causaram cerca de 1.200 mortes. Desde então, a ação militar israelense em Gaza resultou em 37 mil mortes, incluindo 15 mil crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.