Imigrantes em processo de deportação são levados a avião militar dos EUA, em janeiro de 2025. — Foto: Divulgação/ Casa Branca
Imigrantes em processo de deportação são levados a avião militar dos EUA, em janeiro de 2025. — Foto: Divulgação/ Casa Branca

Novo voo com brasileiros deportados dos EUA chega a Fortaleza nesta sexta-feira

O governo brasileiro anunciou que um novo voo fretado com brasileiros deportados dos Estados Unidos pousará em Fortaleza nesta sexta-feira (7). Este será o segundo voo do tipo desde o início da gestão de Donald Trump, embora o Brasil já recebesse deportados antes de sua administração.

Anteriormente, esses voos desembarcavam em Belo Horizonte, mas, para evitar que os passageiros sobrevoassem o território nacional algemados, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu mudar o destino para a capital cearense. O número de passageiros a bordo ainda não foi divulgado.

A decisão foi tomada após uma reunião no Ministério das Relações Exteriores, com a participação do presidente Lula. Uma nova reunião, marcada para terça-feira (4), definirá se a mudança para Fortaleza será definitiva ou apenas uma medida pontual. O encontro também discutirá a logística para assistência aos deportados após o desembarque.

O uso de algemas em deportados é uma prática padrão nos voos fretados dos Estados Unidos, conforme esclareceu a Polícia Federal. No entanto, as algemas devem ser retiradas assim que o avião pousa no Brasil. A controvérsia em torno do tema ganhou força após o primeiro voo da gestão Trump, em que os deportados chegaram algemados, gerando críticas tanto da sociedade quanto de autoridades brasileiras.

A alteração do local de desembarque para Fortaleza visa garantir que os deportados sejam desalgemados antes de entrar em solo brasileiro, minimizando os constrangimentos e reforçando o compromisso com o respeito aos direitos humanos.

Apesar de ser um procedimento comum nos Estados Unidos, o uso de algemas em deportados continua a gerar debates sobre o tratamento humanitário desses indivíduos durante o processo de repatriação. O governo brasileiro e diversas organizações de direitos humanos seguem monitorando a situação de perto para assegurar que os direitos dos deportados sejam respeitados.

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