Otimismo dos Investidores:
Investidores estão ficando mais otimistas com o Brasil, diz Economist. De acordo com a revista britânica, o bom desempenho do ministro Haddad, o avanço de reformas e a sorte estão entre os fatores que estão ajudando a melhorar as expectativas para o país.
Análise da The Economist:
Passados os primeiros seis meses do novo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Brasil vê o otimismo de investidores globais com o país crescer, apesar da desconfiança inicial. A análise é da revista britânica The Economist, que publicou um artigo intitulado “Investidores estão cada vez mais otimistas com a economia do Brasil”.
Fatores de Otimismo:
Entre os fatores mencionados pela publicação, estão um “ministro da Fazenda eficiente”, em menção à aprovação crescente de investidores a Fernando Haddad, o avanço das reformas tributária e fiscal que o próprio Haddad ajudou a emplacar e, também, um pouco de sorte — já que “a melhora da riqueza no Brasil é, em parte, resultado de coisas que fogem do controle de Lula”.
Fatores Externos:
Entre esses fatores externos, a revista menciona o aumento global do preço de alimentos exportados pelo Brasil, como a soja, e até mesmo reformas feitas pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro, caso do projeto de 2021 que consolidou a autonomia do Banco Central (BC) no país.
Avaliação Positiva:
Entre os sinais desse crescente otimismo, a Economist cita a recente elevação na nota de crédito do Brasil pela agência Fitch “o primeiro desde que o país foi rebaixado em 2018”, o crescimento de investimentos estrangeiros no Brasil e a também a melhora na aprovação do governo e de Haddad medida por pesquisas.
Haddad e as Reformas:
“Várias políticas do governo Lula também animaram os investidores”, diz o texto da Economist. “Muitos economistas creditam a Fernando Haddad, ministro da Fazenda, grande parte do otimismo. É ele que está por trás das duas grandes reformas que podem ajudar a estabilizar o Brasil.”
Reforma Tributária:
Quanto à reforma tributária, a publicação diz que ela é “muito necessária” e destaca a complexidade do sistema atual. “Atualmente, o governo federal, os 27 estados e os mais de 5000 municípios definem seus próprios tributos. Em 2019, o Banco Mundial estimou que as empresas perdem 1500 horas por ano para cumprir a legislação tributária brasileira, comparado a uma média mundial de 233 horas.”
Desafios e Perspectivas:
O texto lembra, entretanto, que em ambos os casos há ainda riscos e lacunas que ainda precisam ser preenchidas. “Embora o crescimento tenha se recuperado desde o fim da pandemia em 2021, ficou muito atrás de países como China ou Índia”, pontua a reportagem. “O cenário global e os feitos de Haddad estão aumentando o otimismo dos investidores agora. Mas será necessária uma boa política consistente para reverter a tendência de longo prazo do Brasil”, conclui.