Os estragos causados por atos de vandalismo na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no dia 8 de janeiro do ano passado, começam a ser revertidos. A destruição atingiu parte dos palácios da República, considerados patrimônio mundial, resultando em perdas milionárias. Após um ano, a restauração dos danos ainda está em andamento, com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) liderando os esforços.
A depredação causada por grupos golpistas provocou danos significativos aos principais palácios da República, resultando em perdas inestimáveis de equipamentos, mobiliário e obras de arte. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desempenhou um papel crucial na recuperação, concentrando-se inicialmente na restauração dos bens imóveis, como vidraçaria, mármore e plenários.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou a resposta positiva do Brasil na gestão da crise e na recuperação dos bens. No entanto, a restauração de peças do acervo histórico e artístico ainda está em andamento, com destaque para o Museu da Democracia, anunciado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes. O museu será construído com investimentos de R$ 40 milhões provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), buscando eternizar a memória dos eventos ocorridos em janeiro.
Leandro Grass ressaltou a importância da conexão da população com seu patrimônio cultural para preservá-lo. Em resposta aos atos de vandalismo, o Iphan lançou um edital de R$ 2 milhões para projetos de educação patrimonial em todo o país.
O rastro de destruição incluiu a quebra de um relógio do século 17 no Palácio do Planalto, cuja recuperação está sendo realizada em cooperação com a Embaixada da Suíça. Além disso, cerca de 20 obras no Palácio do Planalto passarão por restauração, enquanto no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional, os prejuízos materiais ultrapassam R$ 12 milhões e estão em processo de avaliação.
Os trabalhos de recuperação incluem a restauração de esculturas, telas, tapeçarias, objetos de valor histórico e mobiliário nos diferentes prédios atingidos. No entanto, o custo total das restaurações ainda não foi totalmente mensurado.
A destruição evidenciou a necessidade de uma agenda de educação patrimonial, levando o Iphan a lançar iniciativas para reconhecimento, valorização e preservação do patrimônio cultural brasileiro. A população é considerada a “primeira guardiã” do patrimônio cultural, destacou Leandro Grass.
Após um ano dos atos de vandalismo, os esforços para restaurar e preservar o patrimônio cultural afetado em Brasília estão em curso. A criação do Museu da Democracia representa um passo significativo na memória desses eventos. O desafio de educar a população sobre a importância do patrimônio cultural e artístico é destacado como fundamental para garantir a preservação a longo prazo. A restauração, ainda em andamento, abrange uma variedade de obras e objetos, evidenciando a magnitude dos danos causados pelos atos golpistas.