Protestos em Los Angeles
Protestos em Los Angeles

Protestos em Massa nos EUA Contra Deportações de Trump

No domingo (2), milhares de pessoas tomaram as ruas de cidades como Los Angeles, San Diego (Califórnia) e Dallas (Texas) para protestar contra a política de deportações em massa do presidente Donald Trump. As manifestações foram marcadas por cartazes, bandeiras e palavras de ordem, refletindo a indignação de comunidades imigrantes e defensores dos direitos humanos diante das medidas severas adotadas desde a posse de Trump, em 20 de janeiro.

Com slogans como “Ninguém é ilegal em terra roubada” e “Parem de separar as famílias”, os manifestantes criticaram as deportações aceleradas e a retórica anti-imigração que têm caracterizado o novo governo. Apenas nos primeiros dez dias de mandato, aviões com milhares de deportados partiram dos Estados Unidos para países como México, Colômbia e Brasil, cumprindo a promessa de campanha de expulsar milhões de imigrantes sem documentos.

A separação de famílias foi um dos temas centrais. Muitas famílias têm membros com status legal e outros sem documentação, o que torna as deportações ainda mais traumáticas. “Não morda a mão que te alimenta”, dizia um cartaz, destacando o papel vital dos imigrantes latinos na economia, especialmente nos setores de agricultura e agroindústria no Texas.

Em Dallas, manifestantes compararam as políticas de Trump ao regime nazista, criticando a perseguição e exclusão promovidas pelo governo. Fotos de Elon Musk, aliado de Trump, fazendo um gesto associado ao nazismo durante a cerimônia de posse, também foram exibidas como símbolo de repúdio.

As marchas, que reuniram dezenas de milhares de pessoas, transmitiram um forte clima de resistência e solidariedade. Em Los Angeles e San Diego, a presença massiva de comunidades latinas evidenciou o impacto direto das políticas de imigração. Cartazes bilíngues, em inglês e espanhol, reforçavam que a luta pelos direitos dos imigrantes é uma questão de justiça social e humanidade.

Os protestos ocorrem no momento em que Trump declarou estado de emergência na fronteira com o México, alegando necessidade de conter a imigração irregular e reforçar a segurança nacional. No entanto, críticos argumentam que as medidas são desproporcionais e desumanas, além de ignorarem as contribuições econômicas e culturais dos imigrantes para os EUA.

Enquanto o governo Trump avança com sua agenda de deportações, as manifestações mostram que a resistência está longe de acabar. “Ninguém é ilegal” tornou-se o grito de guerra de quem defende uma abordagem mais compassiva e justa para a imigração, em um país historicamente construído por e para imigrantes.

Fontes adicionais: Associated Press