O reajuste de 9% nos salários dos servidores federais foi sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira (15). Este texto é resultado da aprovação pelo Congresso Nacional do projeto de conversão de medida provisória (MP) do Poder Executivo. Os novos valores começaram a vigorar em 1º de maio de 2023.
Impactos na Economia:
Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, destaca que o impulso fiscal desse aumento já foi considerado. No entanto, este gasto adicional pode influenciar a inflação. Além disso, a reavaliação se dá principalmente pelo governo estar cumprindo promessas de maior gasto e apresentando menores receitas do que o esperado. Decisões importantes afetam a capacidade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de aprovar medidas para aumentar a arrecadação.
Detalhes Financeiros:
A lei sancionada confirma o reajuste para todos os servidores federais civis do Poder Executivo, autarquias, fundações, incluindo aposentados e pensionistas. Vilma da Conceição Pinto, diretora da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, apresenta que o total estimado dos gastos com pessoal em 2024 é de R$ 380,2 bilhões. Ela detalha ainda os gastos por órgão e a importância de planejar para futuros ajustes.
Futuras Implicações:
Ambas as economistas, Vilma e Vitória, alertam para as possíveis repercussões do reajuste nos próximos anos. A sanção de Lula pode não alterar significativamente o impacto já calculado para 2024, mas despesas permanentes como essa podem ter implicações contínuas, especialmente se novos reajustes forem propostos para corrigir a inflação. O desafio para o governo será equilibrar a arrecadação com os crescentes gastos.