A cidade maravilhosa do Rio de Janeiro viveu um pesadelo na última segunda-feira, 23 de outubro. Milicianos da Zona Oeste realizaram uma série de ataques em represália à morte de um dos líderes do grupo, Zinho, resultando no incêndio de um recorde de 35 ônibus em apenas um dia. Além do terror infligido à população, os danos financeiros causados pelos incêndios ultrapassam os impressionantes R$ 35 milhões.
Para aqueles que dependem do transporte público, os próximos dias serão um verdadeiro desafio. Especialistas preveem complicações significativas para os moradores e trabalhadores da Zona Oeste, já que 70% da população carioca utiliza o transporte de ônibus coletivo como principal meio de locomoção.
Com 35 ônibus totalmente destruídos, a reposição desses veículos não acontecerá de forma imediata, como destacou o comentarista André Trigueiro. Ele apontou que o processo de substituição levará, no mínimo, seis meses. Esse problema resultará em uma maior aglomeração nos pontos de ônibus, uma diminuição no número de veículos circulando e, consequentemente, em dores de cabeça para os cidadãos que dependem do transporte público para suas atividades diárias.
André Trigueiro ressaltou ainda que cada ônibus convencional custa aproximadamente R$ 850 mil, enquanto os modelos mais recentes do BRT (Bus Rapid Transit) alcançam a impressionante cifra de R$ 2,4 milhões por unidade. O ataque da última segunda-feira incendiou 30 ônibus convencionais e 5 veículos do BRT, resultando em um prejuízo total de mais de R$ 37 milhões.
A Zona Oeste do Rio de Janeiro é uma região com cerca de 2,6 milhões de habitantes, representando aproximadamente 41% da população da cidade. Ela engloba 40 bairros e ocupa 70% do território total do município.
Caos na Zona Oeste
A escalada da violência na Zona Oeste do Rio de Janeiro teve início após a morte de um miliciano, desencadeando um dia de terror na tarde da última segunda-feira, 23 de outubro. Os criminosos atacaram de forma coordenada, incendiando pelo menos 35 ônibus e um trem. Esse trágico episódio se tornou o dia com o maior número de ônibus incendiados na história da cidade, segundo informações do Rio Ônibus.
Dos ônibus incendiados, 20 faziam parte da operação municipal, 5 eram do sistema BRT e outros eram destinados a turismo e fretamento. Além dos ônibus, outros veículos e pneus foram incendiados, obstruindo diversas vias em bairros como Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho. Mais de 1 milhão de pessoas vivem nessa área, e muitos passageiros tiveram que abandonar os ônibus às pressas momentos antes dos criminosos atearem fogo.
O governador Cláudio Castro classificou os autores desses ataques como “terroristas” e prometeu uma caçada implacável aos líderes do crime, identificados como Zinho, Tandera e Abelha. Os três criminosos estão sendo procurados pelas autoridades.
Além dos ônibus, um trem que saía de Santa Cruz em direção ao Centro da cidade também foi alvo dos criminosos, o que obrigou o maquinista a evacuar o trem e retornar à estação. O Corpo de Bombeiros foi chamado para combater 36 incêndios em veículos, mobilizando cerca de 200 militares de 15 quartéis.
O dia de terror na Zona Oeste do Rio de Janeiro deixa uma marca indelével na cidade e revela a necessidade urgente de medidas para garantir a segurança e o bem-estar da população, bem como a proteção dos serviços essenciais, como o transporte público. O Rio de Janeiro agora enfrenta o desafio de recuperar sua normalidade em meio ao caos e à destruição.