Segundo o texto da decisão, o ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido do Ministério Público, que citou um vídeo que Bolsonaro postou no Facebook dois dias após o motim. O vídeo afirmava que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi eleito para o cargo, mas foi escolhido pelo Supremo Tribunal Federal e pela autoridade eleitoral do Brasil.
Os promotores do recém-formado grupo de combate a atos antidemocráticos argumentaram na sexta-feira que, embora Bolsonaro tenha postado o vídeo após o motim, seu conteúdo era suficiente para justificar uma investigação prévia de sua conduta. Bolsonaro apagou na manhã seguinte à primeira postagem.
Analistas jurídicos consultados pela Associated Press disseram que investigar Bolsonaro estava atrasado e justificado.
“O posicionamento de Bolsonaro, em geral, está sendo investigado como método de incitação. O fato de o vídeo ter sido publicado após os ataques não significa que ele não estava envolvido anteriormente na incitação dos atos”, disse Georges Abboud, professor de direito constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.