O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar réus 250 acusados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, quando foram depredadas as sedes do tribunal, do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional. Essa é a terceira leva de denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os envolvidos na invasão armada que tentou abolir o Estado Democrático de Direito.
Os ministros analisam no plenário virtual da Corte as condutas individuais de cada acusado, seguindo o que prevê a Constituição. Os denunciados são acusados de crimes como associação criminosa armada, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, votou para tornar os 250 em réus. O voto foi seguido por Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Rosa Weber, Edson Fachin e Gilmar Mendes. O ministro André Mendonça divergiu parcialmente. Três ministros ainda não apresentaram seus votos no sistema eletrônico. O STF está com uma cadeira vaga desde a aposentadoria de Ricardo Lewandowski.
Em seus votos, os ministros afirmaram que há provas suficientes contra os denunciados e que as condutas são gravíssimas. Eles destacaram que os atos golpistas foram planejados e executados por uma massa criminosa que se organizou desde outubro de 2022 até a data da investida contra os Poderes Constitucionais.
O julgamento vai até segunda-feira (8). Na terça (9), começa a análise de mais 250 casos. Ao todo, a PGR denunciou 1.390 pessoas por atos antidemocráticos, sendo 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.
Para saber mais sobre o fato, acesse o site do G1 aqui: Com 6 a 1, STF forma maioria para tornar réus 250 acusados pelos atos golpistas de 8 de janeiro | Política | G1