O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que os EUA irão “assumir o controle” da Faixa de Gaza, transformando o enclave em um polo de desenvolvimento econômico que poderia ser a “Riviera do Oriente Médio”. O anúncio, feito após uma reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, propõe reassentar palestinos em outros países e reconstruir Gaza, gerando empregos e habitação.
Trump afirmou que a administração norte-americana seria responsável por limpar escombros e desarmar explosivos, com uma “posição de propriedade a longo prazo” sobre Gaza. A proposta causou indignação internacional, sendo descrita como uma tentativa de “destruição da sociedade palestina” por analistas como Omar Baddar, da Al Jazeera.
Organizações como o Comitê Árabe-Americano Anti-Discriminação (ADC) consideraram o plano “aterrorizante” e “insano”, apontando violações do direito internacional. A congressista palestino-americana Rashida Tlaib acusou Trump de “defender limpeza étnica”, enquanto o senador Chris Murphy classificou a proposta como uma manobra de distração política.
Os países árabes, incluindo Egito, Jordânia e Arábia Saudita, rejeitaram a ideia de reassentar palestinos, destacando que a proposta mina os esforços por uma solução de dois Estados e pode intensificar os conflitos regionais.
O plano surge em um momento delicado, com negociações para estender a trégua entre Israel e Hamas, que termina em 1º de março, ainda em andamento. A iniciativa de Trump lança incertezas sobre o futuro da região, com temores de que novos ataques possam ocorrer a qualquer momento.
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