A ferramenta Downdetector registrou mais de 28 mil notificações de falha no WhatsApp entre 14h51 e 15h06 desta quarta-feira, com usuários também relatando problemas no Instagram pelo X, anteriormente conhecido como Twitter. Incidentes similares ocorreram no dia 5 de março, afetando Instagram e Facebook, sugerindo uma instabilidade recorrente nos serviços da Meta.
A causa exata das falhas permanece incerta. Suspeitas iniciais incluem um possível ataque de DNS, mas outras explicações técnicas simples, como um erro de configuração do Border Gateway, não são descartadas. Especula-se que as interrupções possam estar relacionadas a um “ataque de indignação” após revelações preocupantes de Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook, no programa “60 Minutes”.
Documentos internos do Facebook, expostos por Haugen, acusam a empresa de estar ciente dos danos causados por suas plataformas, escolhendo o lucro em detrimento de medidas de mitigação. Essas revelações destacam a intrusão na privacidade dos usuários para fins publicitários altamente direcionados.
Para combater violações de privacidade e garantir segurança online, recomenda-se o uso de VPNs, navegadores voltados para privacidade como Brave ou Opera, comunicação segura através de aplicativos como Wickr ou Signal, proteção antivírus robusta, desativação do WebRTC no navegador, uso de motores de busca que não rastreiam como Startpage ou DuckDuckGo, atualizações constantes de dispositivos e desligamento do compartilhamento de localização.
A complexidade e a necessidade de medidas extensivas para proteção digital refletem a falta de leis robustas de privacidade digital, contrastando com as proteções contra intrusões e escutas ilegais no mundo físico. As falhas recentes nos serviços da Meta e as acusações de práticas prejudiciais ressaltam a urgência de uma maior conscientização e ação na proteção da privacidade e segurança online.
