A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta segunda-feira (8) o registro da vacina recombinante Zalika contra a COVID-19. Desenvolvida pelo Instituto Serum, na Índia, e com registro solicitado pela empresa brasileira Zalika Farmacêutica, a vacina demonstrou eficácia na fase 3 de estudo, com variação entre 79,5% a 90,4%, abrangendo diferentes faixas etárias.
A tecnologia empregada na vacina Zalika é denominada recombinante, caracterizada pela combinação de moléculas de duas fontes distintas: o antígeno de proteína S (spike), responsável por estimular a resposta imunológica, e o adjuvante à base de saponina, que potencializa a produção de anticorpos. A Anvisa destaca que essa abordagem aumenta a segurança na produção farmacêutica.
A vacina será administrada em duas doses, com intervalo de 21 dias, e um reforço após 6 meses, direcionado a maiores de 18 anos de idade. Contudo, a Zalika ainda não oferece proteção contra a variante XBB 1.5, conforme as recomendações atuais da Organização Mundial da Saúde (OMS). Portanto, está prevista uma atualização ainda este ano para cumprir o acordo entre a Anvisa e a farmacêutica.
Com o registro, a vacina Zalika torna-se a sexta a receber a autorização definitiva da Anvisa, juntando-se a outras como Comirnty Ipfizer/Wyeth, Comirnaty bivalente (Pfizer), Jansses Vaccine (Janssen-Cila), Oxford/Covishield (Fiocruz e Astrazeneca) e Spikevax bivalente. Para integrar o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do governo federal, a Zalika ainda passará por avaliação do Ministério da Saúde.
A Anvisa enfatiza que, por enquanto, a CoronaVac (Butantan) permanece autorizada apenas para uso emergencial, enquanto a importação excepcional é concedida exclusivamente à vacina Sputnik. Este novo passo reforça a diversidade de opções no arsenal brasileiro contra a COVID-19, consolidando esforços no combate à pandemia.