A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira (5) que a pandemia de Covid-19 não é mais considerada uma emergência de saúde pública de importância internacional (ESPII). Essa é a mais alta classificação de alerta da entidade, que havia sido declarada em 30 de janeiro de 2020, quando o novo coronavírus se espalhava por 19 países.
Segundo a OMS, a decisão foi tomada após uma reunião do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional, que avaliou a situação global da pandemia. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a mudança de status se deve ao progresso alcançado na resposta à Covid-19, especialmente na vacinação e no controle das variantes.
“A Covid-19 continua sendo uma grande ameaça à saúde pública, mas não atende mais aos critérios para ser uma ESPII. Isso não significa que devemos baixar a guarda ou relaxar as medidas de prevenção. Pelo contrário, devemos manter o compromisso e a solidariedade para acabar com essa pandemia o mais rápido possível”, afirmou Tedros.
A OMS ressaltou que a declaração não altera as recomendações e orientações da entidade para os países e as pessoas. A organização também pediu que os governos continuem a compartilhar informações e amostras sobre o vírus, a fortalecer os sistemas de saúde e a garantir o acesso equitativo às vacinas e aos tratamentos.
A última vez que a OMS havia declarado uma ESPII foi em 2009, por causa da pandemia de gripe H1N1. Essa classificação é usada para situações que exigem uma resposta internacional coordenada e que podem representar um risco à saúde pública em outros países.
A pandemia de Covid-19 já infectou mais de 150 milhões de pessoas e matou mais de 3 milhões em todo o mundo, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. No entanto, a situação varia entre as regiões, com alguns países registrando quedas nos casos e nas mortes e outros enfrentando novas ondas e variantes preocupantes.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou que foram confirmados 14.936.464 casos e 414.399 óbitos por Covid-19 até esta quarta-feira. O país é o segundo com mais mortes pela doença, atrás apenas dos Estados Unidos. A vacinação no Brasil começou em janeiro, mas avança lentamente por falta de doses e de coordenação nacional.