O presidente venezuelano Nicolás Maduro promulgou a “Lei Orgânica para a Defesa de Essequibo”, estabelecendo uma região venezuelana dentro do território de Essequibo, reconhecido internacionalmente como parte da Guiana. A lei, vista como um ato de provocação, intensifica as tensões na disputa territorial de longa data entre a Venezuela e a Guiana.
Vitelio Brustolin, da Universidade de Harvard, argumenta que uma invasão militar venezuelana ao Essequibo é “altamente improvável” devido a desafios técnicos e geográficos. A fronteira densamente florestada e a necessidade de passagem pelo território brasileiro complicam qualquer tentativa de invasão militar.
O Brasil reforçou sua fronteira com a Venezuela, enviando blindados e tropas para bloquear potenciais tentativas de acesso à Guiana por parte de Maduro. Essa mobilização destaca o compromisso do Brasil em defender a estabilidade regional.
Embora improvável, Brustolin sugere que Maduro poderia combinar ataques aéreos com um desembarque anfíbio como estratégia alternativa para invadir Essequibo. No entanto, qualquer tentativa de invasão provavelmente provocaria uma intervenção internacional.
A comunidade internacional, incluindo Estados Unidos e Inglaterra, já se pronunciou contra a disputa territorial pela força. Maduro enfrentaria consequências severas, incluindo a possibilidade de ser destituído, caso tentasse uma invasão militar.
O governo da Guiana denunciou a promulgação da lei venezuelana como um “ato ilegal” e reafirmou sua soberania sobre o território de Essequibo. A Guiana advertiu contra a anexação e reiterou seu compromisso com a resolução pacífica da disputa, em consonância com os princípios do direito internacional.
Este episódio destaca as complexidades da disputa territorial entre Venezuela e Guiana e a importância de soluções diplomáticas para evitar o agravamento das tensões na região.