Cerca de 120 agentes cumpriram 24 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de prisão nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia, disse a polícia em comunicado, que não identificou os suspeitos ou seus alvos.
Um funcionário da Polícia Federal confirmou que um dos alvos era o senador Sérgio Moro, que, como juiz, presidiu o caso de corrupção e lavagem de dinheiro da Lava Jato aberto em 2014 e que acabou enredando o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pessoa não estava autorizada a falar publicamente e falou sob condição de anonimato.
Moro disse no Twitter que foi alvo de retaliação por uma das mais notórias quadrilhas de tráfico de drogas do Brasil, conhecido como Primeiro Comando da Capital. Ele agradeceu às forças policiais e disse que emitirá um comunicado ainda na quarta-feira.
De 2014 a 2018, Moro foi o juiz principal nos julgamentos da Lava Jato, que levaram à prisão de políticos proeminentes, incluindo Lula, que passou mais de um ano na prisão. Sua condenação foi posteriormente anulada. Em 2019, Moro tornou-se Ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas deixou o governo em abril de 2020 e garantiu uma vaga no Senado no ano passado.
O jornal Folha de S.Paulo, informou que a organização criminosa visada nas batidas de quarta-feira era o Primeiro Comando da Capital. Nem a polícia nem o Ministério da Justiça confirmaram essa informação.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, escreveu no Twitter que um senador e um promotor estavam entre os alvos do “plano de homicídio”.
A Polícia Federal investigou no ano passado um plano do Primeiro Comando da Capital para sequestrar servidores públicos federais, com o objetivo de trocá-los pela libertação de Marco Willians Camacho, líder da quadrilha preso, segundo reportagem do site UOL.