Bolsonaro Defende Inocência e Almeja Retorno Político em 2026

Bolsonaro Defende Inocência e Almeja Retorno Político em 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou, nesta segunda-feira (24), que “não há motivo” para sua prisão, classificando-a como “arbitrariedade”. A afirmação ocorre após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de liderar uma trama golpista para subverter os resultados das eleições de 2022.

Contexto da Denúncia

A PGR aponta que Bolsonaro e aliados articularam um decreto para interromper a transição de poder, com apoio de setores militares. Áudios divulgados pela Polícia Federal (PF) revelam diálogos entre coronéis sobre o temor do ex-presidente em ser preso caso o plano fracassasse. Em um dos registros, Corrêa Netto, ex-assessor do Comando Militar do Sul, relata: “O presidente não assinou o decreto por medo de prisão e falta de apoio das Forças Armadas”.

Próximos Passos no STF

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), deu 15 dias para as defesas dos 34 acusados se manifestarem. Advogados de Bolsonaro e aliados, como os generais Braga Netto e Mário Fernandes, pedem prazos maiores, alegando acesso limitado às provas. O STF, porém, rejeitou a solicitação, sinalizando celeridade no processo para evitar interferência nas eleições de 2026.

Estratégias de Defesa

As defesas argumentam que o STF busca uma “decisão política” para neutralizar Bolsonaro antes de 2026. Em entrevista à rádio CBN Recife, o ex-presidente afirmou: “Eleições sem meu nome são negação da democracia. O plano B sou eu”. Pesquisas internas do PL sugerem que Bolsonaro e Michelle liderariam contra Lula em 2026, mesmo com sua inelegibilidade até 2030 por decisão do TSE.

Bolsonaro e as Eleições de 2026

Mesmo inelegível, o ex-presidente mantém o discurso de campanha: “Qualquer um vence Lula em 2026. Não há substituto à altura na esquerda”. Sobre Fernando Haddad, ironizou: “Só o ‘Taxad’, que não agrega votos”. A postura reforça sua estratégia de polarização, enquanto o STF decide se o levará a julgamento por crimes como “tentativa de golpe” e “dano ao patrimônio público”.

Fontes: CNN Brasil, CBN, Gazeta do Povo