O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, encontrou-se em uma situação delicada após ter seu passaporte confiscado pela Polícia Federal do Brasil em 8 de fevereiro, em meio a acusações de planejar um golpe após perder as eleições presidenciais de 2022. Em uma movimentação surpreendente, Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria no Brasil, conforme reportado pelo The New York Times. Imagens de câmeras de segurança confirmaram sua estadia na embaixada, sugerindo um aparente pedido de asilo.
Estadia na Embaixada da Hungria:
Durante sua estadia na embaixada, entre os dias 12 e 14 de fevereiro, Bolsonaro foi acompanhado por dois seguranças e esteve na companhia do embaixador húngaro e membros da equipe diplomática. Esta ação parece refletir uma tentativa do ex-presidente de se valer de sua relação com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, para escapar das investigações criminais em seu país. A Hungria, sendo uma nação estrangeira, oferece um território onde as autoridades brasileiras não têm jurisdição direta.
Relações entre Bolsonaro e Orban:
A relação entre Bolsonaro e o primeiro-ministro Viktor Orban é notória, marcada por apoio mútuo e alinhamento ideológico. O próprio Bolsonaro chamou Orban de “irmão” durante uma visita à Hungria, e houve até discussões sobre apoio húngaro para a reeleição de Bolsonaro. Em um gesto de solidariedade, antes do incidente da embaixada, Orban incentivou Bolsonaro a “continuar lutando”, demonstrando o forte laço entre os dois líderes.
Confirmação e Reações:
A presença de Bolsonaro na embaixada foi confirmada por um funcionário da embaixada húngara, embora a embaixada e o advogado de Bolsonaro tenham mantido silêncio sobre o assunto. Essa ação destaca as complexas relações internacionais e as manobras políticas em momentos de crise, enquanto Bolsonaro continua a enfrentar diversas investigações criminais no Brasil.