O vídeo começa com uma discussão sobre a recente reunião dos ministros dos países do BRICS e outros 15 ministros do continente africano para debater a criação de uma moeda comum e a expansão do bloco para mais países. A ideia é criar uma moeda digital de liquidação final entre os membros do BRICS, lastreada no ouro, para ter mais independência da moeda e do sistema financeiro liderado pelos americanos.
O vídeo também menciona que mais de 20 países, incluindo Arábia Saudita, Argentina, Egito, Irã, Nigéria, Tailândia e Venezuela, expressaram interesse em se juntar ao bloco BRICS. Isso se deve ao medo das sanções econômicas dos Estados Unidos e ao crescimento econômico que o bloco BRICS experimentou ao longo dos anos. Hoje, o PIB do BRICS representa 31% do PIB global, enquanto o G7 representa 30%.
A Argentina, que já deu calote no FMI, está buscando financiamento do BRICS para tirar sua economia do buraco. O vídeo sugere que a criação de uma moeda lastreada em ouro pelos BRICS poderia representar uma mudança de paradigma na forma como os bancos centrais lidam com as políticas econômicas globalmente.
O vídeo termina com uma discussão sobre o Bitcoin como uma possível alternativa ao ouro em meio a uma crise global. O Bitcoin é mais escasso, mais verificável, mais portátil e mais previsível do que o ouro, tornando-o uma opção atraente como reserva de valor global.
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Origem do BRIC e como ele afeta a hegemonia americana:
O termo BRIC foi cunhado em 2001 por Jim O’Neill, então chefe de pesquisa econômica global do Goldman Sachs, para representar quatro economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China – que estavam em rápido crescimento e se tornando influentes no cenário econômico global. Em 2010, a África do Sul foi convidada a se juntar ao grupo, transformando o BRIC em BRICS.
A formação do BRICS foi uma resposta à dominação econômica e política dos países desenvolvidos, particularmente os Estados Unidos. O BRICS busca criar um mundo multipolar, onde o poder é distribuído entre várias nações, em contraste com a unipolaridade, onde uma única nação (neste caso, os EUA) detém a maior parte do poder.
A ascensão do BRICS desafia a hegemonia americana de várias maneiras. Primeiro, o BRICS representa uma grande parcela da economia global e, portanto, tem um peso significativo nas decisões econômicas globais. Segundo o BRICS está buscando criar suas próprias instituições, como o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), para desafiar as instituições dominadas pelo Ocidente, como o FMI e o Banco Mundial.
Além disso, a ideia de uma moeda comum do BRICS, como discutido no vídeo, poderia reduzir a dependência do dólar americano e desafiar seu status como a principal moeda de reserva do mundo. Isso poderia diminuir a influência dos EUA na economia global e permitir que os países do BRICS tenham mais controle sobre suas próprias economias.
No entanto, a ascensão do BRICS também apresenta desafios. Os países do BRICS são muito diferentes em termos de suas economias, sistemas políticos e interesses nacionais. Essas diferenças podem dificultar a cooperação e a coordenação efetivas entre eles. Além disso, embora o BRICS possa desafiar a hegemonia americana, ainda está longe de substituí-la. Os EUA ainda são a maior economia do mundo e têm uma influência significativa em muitas áreas, como tecnologia, defesa e soft power.
Em resumo, o surgimento do BRICS representa uma mudança significativa na ordem econômica e política global. Embora o grupo possa desafiar a hegemonia americana, também enfrenta seus próprios desafios. Como o BRICS e os EUA navegam nessa nova realidade terá implicações significativas para o futuro da economia global.