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Diversidade agrícola em São Paulo beneficia fauna nativa e controla espécies invasoras

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Diversidade agrícola em São Paulo beneficia fauna nativa e controla espécies invasoras

Pesquisa da USP destaca importância da heterogeneidade nas lavouras para a biodiversidade regional.
Diversidade agrícola em São Paulo beneficia fauna nativa e controla espécies invasoras Pesquisa da USP destaca importância da heterogeneidade nas lavouras para a biodiversidade regional.
Diversidade agrícola em São Paulo beneficia fauna nativa e controla espécies invasoras Pesquisa da USP destaca importância da heterogeneidade nas lavouras para a biodiversidade regional.

A diversidade nas lavouras do nordeste paulista revelou-se crucial para a preservação da fauna nativa e o controle de espécies invasoras, conforme apontado por uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). O estudo, publicado no Journal of Applied Ecology e apoiado pela Fapesp, destaca que áreas agrícolas mais diversas têm um impacto positivo na manutenção de espécies nativas de mamíferos em comparação com regiões de monocultura. Além disso, a heterogeneidade da paisagem também desempenha um papel crucial no controle de espécies invasoras, como javalis, que podem causar danos ambientais e prejuízos para a atividade agrícola na região.

A pesquisa realizada abrangeu uma extensa área de 34 mil quilômetros quadrados no estado de São Paulo, situada no bioma cerrado, englobando mais de 85 municípios nas regiões de Ribeirão Preto e Araraquara. A líder da pesquisa, Marcella do Carmo Pônzio, doutoranda do Instituto de Biociências da USP, ressaltou a influência positiva da diversidade agrícola, tanto em escala familiar quanto em sistemas de agrofloresta, para a biodiversidade regional.

De acordo com Pônzio, a região estudada tem enfrentado um predomínio da agricultura intensiva, com monoculturas promovendo desmatamento e homogeneização da paisagem. Atualmente, apenas 19% da área possui cobertura de vegetação nativa, descumprindo o Código Florestal, que exige 20% de conservação. A pesquisa destaca que mesmo cumprindo a porcentagem estipulada, a manutenção da fauna local, composta por espécies como veado, tatu e onça parda, requer uma porcentagem mais significativa de vegetação nativa, aproximadamente entre 35% a 40%.

O estudo também revelou uma descoberta impactante relacionada ao javali, uma das espécies invasoras causadoras de danos significativos na região. Em áreas com pouca vegetação nativa, a introdução de heterogeneidade na paisagem agrícola demonstrou ser eficaz na redução da presença desses animais invasores.

Diante desses resultados, a pesquisa sugere que, além do controle do desmatamento, tornar as lavouras mais heterogêneas pode ser uma estratégia eficiente para mitigar os impactos da degradação da vegetação nativa na fauna local. Aumentar a diversidade dos cultivos agrícolas não apenas enriquece a fauna nativa, mas também contribui para o controle de espécies invasoras, oferecendo uma abordagem sustentável para a gestão da biodiversidade na região nordeste do estado de São Paulo.

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