“O Último Azul”, dirigido por Gabriel Mascaro, conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim 2024, consolidando-se como um marco do cinema nacional. O longa, estrelado por Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, também levou o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio dos Leitores do Berliner Morgenpost, confirmando seu impacto internacional.

Sinopse: Uma Revolta na Amazônia Distópica
No Brasil do futuro próximo, idosos são exilados à força em colônias governamentais para “descansar” — um pretexto para priorizar a produtividade dos jovens. Tereza (Denise Weinberg), 77 anos, desafia o sistema e parte em uma jornada épica pelos rios da Amazônia para realizar seu último desejo: voar de avião. No caminho, encontra aliados improváveis, como Cadu (Santoro), e confronta um regime autoritário com poesia e coragem.
O ÚLTIMO AZUL | Gabriel Mascaro e Denise Weinberg discutem a fantasia amazônica exibida em Berlim – Meio Amargo | Canal de Cinema
Por Que o Filme Impressionou?
- Atuação magistral de Weinberg: A veterana entrega uma performance “que rasga a alma”, alternando entre força e vulnerabilidade.
- Crítica social afiada: A trama questiona o ageismo e a obsessão neoliberal pela produtividade, com cenas que ecoam “Plan 75” e “A Balada de Narayama”.
- Visual deslumbrante: Rios amazônicos filmados em tons de azul hipnótico e sequências alucinógenas com “caracóis cuspidores de azul” marcam a estética única do filme.
Fala do Diretor: “Unidos Pela Arte”
Ao receber o prêmio, Mascaro emocionou-se:
“Venho de um país que luta para aceitar diversidade. Ver vocês unidos pelo cinema me dá esperança.”
Curiosidades e Próximos Passos
- Cenas icônicas: Lutas com peixes gigantes e trilha sonora imersiva cativaram o público na estreia.
- Previsão de lançamento: Chega aos cinemas brasileiros em 2025, distribuído pela Vitrine Filmes.
- Oscar no horizonte? Após a indicação histórica de “Ainda estou aqui“, o Brasil mira novas conquistas.
Veredito: “O Último Azul” é mais que um filme — é um manifesto contra a invisibilidade dos idosos e um alerta sobre futuros autoritários. Como disse Mascaro: “Rebelião também tem rugas.”
Fontes: CNN Brasil, Berlinale, Euronews