A medida foi tomada após suspeitas de irregularidades no leilão para compra de 263 mil toneladas de arroz. Empresas sem histórico no mercado de cereais participaram e arremataram lotes.
O anúncio foi feito após reunião de Pretto, do ministro Paulo Teixeira e do ministro Carlos Fávaro com o presidente Lula. Eles decidiram anular o leilão e convocar um novo procedimento.
O governo decidiu importar arroz após enchentes no Rio Grande do Sul, principal produtor do grão no Brasil. A medida visava evitar a alta dos preços devido à dificuldade de transporte do cereal.
No leilão anulado, o preço médio do saco de 5 kg foi de R$ 25. Empresas sem experiência no setor, como uma loja de queijos e uma fábrica de polpas de frutas, arremataram lotes no leilão.
Ministros identificaram fragilidades nas empresas participantes do leilão. Nenhuma empresa tradicional do setor participou. O governo não realizou pagamentos pelo produto do leilão anulado.
A participação de um ex-assessor parlamentar do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, gerou polêmica. Robson Luiz de Almeida França, dono de uma corretora, intermediou parte da venda.
Neri Geller, secretário de Política Agrícola, pediu demissão devido à polêmica em torno do leilão. Ele colocou o cargo à disposição e foi demitido.